Turismo de Portugal quer comunidades locais e mobilidade na estratégia 2035

Carlos Abade falava durante o 1.º Congresso Nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), que decorre no edifício da Alfândega do Porto.
Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal
Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal
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O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, defendeu, nesta terça-feira, no Porto, que a Estratégia do Turismo 2035 deve passar pelas comunidades locais, mobilidade territorial, emprego e valorização salarial, e sustentabilidade.

“Vamos lançar dia 03 de outubro [em Lisboa] as conferências sobre a construção do turismo do futuro associadas a uma estratégia 2035, e dia 07 de outubro, eu, o Luís Pedro Martins [presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal] e muitos dos que estão aqui hoje estão todos convidados para estarem aqui [no edifício da Alfândega, do Porto], para discutir e iniciar este processo de construção da estratégia” do setor para a próxima década, disse Carlos Abade, durante o 1.º Congresso Nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), que decorre no edifício da Alfândega do Porto.

Durante a intervenção no Módulo “Do Turismo Responsável ao Turismo Sustentável – a estratégia de posicionamento de Portugal no turismo”, Carlos Abade destacou a necessidade de dar ouvidos às comunidades locais, mas também elencou a importância da mobilidade em ligar as grandes cidades às aldeias de xisto ou o tema da valorização da remuneração no emprego no setor do turismo.

“Aquilo que falámos hoje sobre as comunidades locais é central. Temos que devolver à comunidade aquilo que a comunidade tem durante tantos anos entregue ao setor do turismo”, defendeu o presidente do Turismo de Portugal.

A gestão da mobilidade sustentável no território foi outro dos temas destacados pelo presidente do Turismo de Portugal, elegendo a necessidade de trabalhar a rede e aproveitar todo o território, desde as grandes cidades até às aldeias históricas.

“Como é que nós vamos a grande velocidade das grandes cidades para as aldeias históricas ou às aldeias do xisto? Como é que nós aproveitamos essa rede para fazer alguma capilaridade e podermos fazer com que isso beneficie todo o território? Como é que nós gerimos as cidades em concreto? (…) Não é só saber como é que se vai de um sítio para o outro, é saber exatamente o que está a acontecer naquele trajeto para que ele turista, ou ele decisor, possa tomar decisões de gestão dos territórios. Isso é absolutamente crítico”, disse.

O tema das lideranças foi outro assunto que Carlos Abade abordou durante o 1.º Congresso Nacional da ALEP, reconhecendo que o setor não pode achar que não há mais nada para evoluir e apelando à evolução “do ponto de vista de lideranças”.

Os recursos humanos, o emprego e valorização, bem como o tema dos “mercados de maior valor acrescentado e como se compatibiliza isso com a sustentabilidade”, são outros assunto que Carlos Abade quer discutir para a estratégia 2035 do setor do turismo em Portugal.

“Depois disto tudo discutido, no final do dia só há uma forma de medirmos o sucesso disto: é se de facto melhoramos a qualidade de vida e o bem-estar das populações. Isso é que de facto vai fazer a diferença se tivermos sucesso ou não”, frisou.

O processo de discussão pública da Estratégia do Turismo 2035, que começa em Lisboa, vai percorrer as sete regiões turísticas do país com um Ciclo de Conferências, por forma a contar com a maior participação possível das entidades públicas e privadas que queiram ter uma palavra a dizer na definição das prioridades para o setor.

Dia 07 de outubro a sessão é no Porto, dia 10 em Aveiro, dia 14 em Évora, dia 21 em Ponta Delgada, dia 28 no Funchal e dia 11 de novembro em Faro.

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