Universidade de Aveiro reembolsa alunos pela reciclagem de garrafas e latas

Projeto "Reciclagem e Reembolso de Embalagens de alumínio e PET (REAP)" permite que estudantes, trabalhadores e quem frequenta a instituição possa obter reembolso pelas embalagens que recicla.
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A Universidade de Aveiro (UA) lançou seis máquinas com um sistema de reciclagem distinto onde se pode depositar embalagens de alumínio e PET (constituídas por mistura de vários recipientes que serviram para embalar líquidos) e obter reembolso. O projeto chama-se "Reciclagem e Reembolso de Embalagens de alumínio e PET (REAP)", revela universidade em comunicado.

Este sistema, por cada garrafa de plástico ou lata depositada, vai permitir a estudantes, trabalhadores e a quem frequenta a instituição de ensino receba reembolso no cartão de identificação da UA. O valor creditado no cartão da universidade, que está associado aos sistemas de acessos e pagamentos da instituição, difere conforme o tamanho da embalagem e oscila entre dois e cinco cêntimos.

As máquinas estão disponíveis em vários pontos ao longo da universidade, "nomeadamente no edifício do complexo pedagógico, na zona técnica central, na casa do estudante, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA), na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) e na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN)", refere UA.

Um dos objetivos do projeto é contribuir "para a questão da sustentabilidade fazendo o aproveitamento de resíduos e incentivando a esta prática ao nível da comunidade académica" revela a vice-reitora para a Cultura e Vida nos campi, Alexandra Queirós, em comunicado.

O outro objetivo é trabalhar a parte dos resíduos mas por meio de investigação, dado que o produto resultante tem dois destinos diferentes: "a indústria recicladora e produtora de embalagens de PET e de alumínio, em que será incentivada a incorporação destes materiais provenientes do sistema da UA, na respetiva cadeia de produção e o outro destino é a reciclagem para fins de inovação, tendo sido adquiridos equipamentos que permitem a transformação do PET em matéria-prima adequada para projetos de investigação na área de impressão 3D, na incorporação em novos materiais, produção de novas embalagens e a avaliação da sua qualidade, apoiando o setor da reciclagem e o mercado de matérias-primas secundárias", explica UA em comunicado.

O parceiro direto do projeto foi a empresa norueguesa Infinitum, dedicada à sustentabilidade, com experiência na implementação deste tipo de sistema de recolha. O projeto "foi aprovado para financiamento pelo Programa Ambiente, do Mecanismo Financeiro plurianual (EEA Grants), estabelecido no Acordo do Espaço Económico Europeu", lê-se na mesma nota.

A vice-reitora menciona que este é um projeto com vocação social que, de forma indireta, pretende prestar apoio a estudantes carenciados da UA. Os estudantes podem "aceder às unidades alimentares através do reembolso" que lhes é creditado no cartão.

O projeto, apesar de estar ainda numa fase inicial, será monitorizado e avaliado e, após verificação dos resultados, este tipo de sistema terá a possibilidade de ser alargado à reciclagem de outro tipo de resíduos e que apesar de ser recente em Portugal, "tem mão" em vários países como a Alemanha, Noruega, entre outros.

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