O ministro das Finanças, João Leão, defendeu esta quarta-feira que estão reunidas as condições para uma forte recuperação económica em 2021 com o início da vacinação contra a Covid-19, e defendeu que o Orçamento do Estado para 2021, já promulgado, vai contribuir para pôr o país no caminho da redução do défice e da dívida pública.
Ainda assim, pela frente, há um inverno pior do que o esperado para as contas do Terreiro do Paço, refere numa mensagem de vídeo enviada hoje em comunicado.
"O contexto atual é de grande exigência. Por um lado, e no imediato, a segunda vaga está a ser muito intensa, pelo que se antecipa ainda um inverno muito exigente. Mas, por outro, o surgimento com sucesso das vacinas para a Covid-19 permite antecipar uma evolução favorável da pandemia ao longo do próximo ano, o que cria as condições para uma forte recuperação da economia em 2021", diz o ministro das Finanças. "Já conseguimos ver a luz ao fundo do túnel, mas ainda o temos de atravessar".
Na mensagem a propósito da promulgação do Orçamento do Estado, o ministro elenca as medidas destinadas ao combate à pandemia, apoio a rendimentos e à recuperação da atividade económica, como o reforço das dotações da Saúde e aumento do investimento público, ou ainda o novo apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores e prolongamento de medidas de lay-off até ao final do primeiro semestre do próximo ano.
No pacote entra ainda o aumento do salário mínimo em 30 euros a partir de janeiro e o prolongamento das moratórias bancárias até setembro, assim como os apoios europeus do Mecanismo Europeu de Resiliência que deverão começar a ser executados no próximo ano.
"Estas medidas vão dar um contributo para uma forte recuperação da economia e, desta forma, também para a redução do défice e da dívida pública. Esta evolução da economia e das finanças públicas contribuirá para dar confiança aos portugueses, mostrando que o país está no bom caminho e segue uma trajetória segura e sustentável", defende o governante.
Para 2021, o governo antecipa um défice em 4,3% do PIB e que o nível de endividamento público fique em 130,9% do PIB, estimando um crescimento económico em 5,4%.