
São hoje colocados no mercado e já há reservas de apartamentos, garantem os responsáveis da Vanguard Properties, que esta manhã apresentaram o novo projeto, o Tomás Ribeiro 79, à imprensa, num hotel em Lisboa. São 21 unidades, de tipologias entre T1 e T4, com um preço de 12 mil euros/metro quadrado. "E já há reservas de portugueses", garante José Cardoso Botelho, CEO da empresa imobiliária que continua a construir e recuperar edifícios, desde Lisboa até à Comporta.
Para o gestor, ainda há espaço para crescer no País, e continua a haver procura. "Se o Castilho 203 tivesse mais apartamentos, tivesse o quádruplo dos apartamentos, estariam todos vendidos", garante. "Sim, a portugueses. Devem ser metade dos proprietários", afirma ainda quando questionado pelo DN/Dinheiro Vivo sobre se, tendo em conta os preços praticados, os portugueses são um mercado relevante para a empresa.
José Cardoso Botelho garante que sim, mas admite que os estrangeiros são uma importante fatia dos potenciais proprietários. E afirma ainda que, tendo em conta os serviços que oferecem em edifícios como o Castilho 203 ou o Tomás Ribeiro 79 - concierge, valet parking, espaços comuns desenhados por arquitetos de interiores e o já costumeiro destaque a artistas numa espécie de galeria de arte que se funde com os corredores -, os compradores não acham que o investimento seja elevado.
O CEO da Vanguard Properties aproveitou ainda para criticar, mais uma vez, as alterações feitas ao regime dos residentes não habituais em Portugal, salientando que ainda há muitos investidores que têm tempo e vontade em mãos e que têm interesse em Portugal. "Interessa-nos ter essas pessoas cá. Os números mostram que o impacto na economia é positivo, e há muita desinformação sobre isso", lamentou. Recorde-se que os últimos dados mostram que o número de residentes não habituais que adquiriram imóveis em Portugal fica abaixo dos 10% do total de operações de compra, ainda que o preço médio ronde os 1 milhão de euros - valores proibitivos para um português médio.
"Mas ao mercado português falta poder de compra", admite o gestor. Ainda assim, rejeita que sejam projetos como os da Vanguard que afastem os nacionais da aquisição de habitação.
Os mercados do Brasil, EUA e França continuam a ser significativos para a empresa, que se prepara também para expandir as suas propriedades na Comporta, com a abertura de 4 hotéis de luxo, aliados a branded residences - "uma tendência mundial", operados por marcas internacionais, porque "os hotéis não são a nossa especialidade".
As marcas estarão já identificadas mas, para já, ainda não se pode anunciar nada, uma vez que estão ainda a decorrer negociações.
No mesmo sentido, a Vanguard espera ainda concluir entretanto a recuperação do edifício Lisboéte, que terá seis apartamentos por piso, e que resultará da reabilitação de um edifício do século XIX, "com um pé direito muito muito alto e uma fachada lindíssima".
Responsáveis por edifícios como o Infinity, em Sete Rios, ou o Muda Reserve, na Comporta, a Vanguard Properties garante que continuará a investir em projetos de qualidade e luxo, na certeza de que " as pessoas reconhecem a qualidade e pagam o preço".
E remata, em jeito de justificação: "Não me admiro se estes apartamentos da Tomás Ribeiro chegarem a ser vendidos a 17 mil euros/metro quadrado..."