
O grupo Sonae fechou o primeiro trimestre com um volume de negócios de 2.081 milhões de euros, um aumento de 11,1% face ao período homólogo. Já o resultado líquido atribuível a acionistas foi de 25 milhões de euros e manteve-se estável. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, destaca que, "em termos globais, o desempenho dos nossos negócios foi novamente forte neste trimestre, tendo resultado num crescimento adicional (+2% face ao final de 2023) do valor do nosso portefólio para 4,6 mil milhões de euros (2,38 euros/ação)".
De acordo com esta responsável, os negócios de retalho do grupo "continuaram a superar-se", com a MC e a Worten a "reforçarem as suas posições de liderança". E se a MC foi capaz de "capturar novas melhorias operacionais, beneficiando, ao mesmo tempo, da recuperação dos volumes no negócio alimentar, suportada por um ambiente de consumo resiliente e efeitos de calendário favoráveis", a Worten apresentou "uma melhoria das vendas e da rentabilidade, sustentada pelo crescimento do seu marketplace, num contexto de intensa atividade promocional no mercado de eletrónica".
A Sierra e a NOS "continuaram a apresentar uma dinâmica positiva e melhorias" no desempenho operacional e financeiro. Além do crescimento das vendas, destaque para o aumento de 13% do EBITDA consolidado para 180 milhões de euros.
O investimento consolidado do trimestre ultrapassou os 700 milhões de euros - 1.212 milhões no acumulado dos últimos 12 meses -, fruto de uma "expansão orgânica dos negócios e de aquisições". Nas aquisições, destaque para a conclusão, com sucesso, no início do ano, da oferta pública de aquisição sobre a Musti, empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos.
Apesar do "investimento significativo" nesta operação, garante Cláudia Azevedo que a estrutura de capitais do grupo se manteve "em níveis muito confortáveis", com o rácio loan-to-value nos 13% no final do trimestre.
Em abril, já no segundo trimestre do ano, a Sonae concluiu a compra de 89,1% da BCF Life Sciences, empresa francesa que produz ingredientes para a indústria da nutrição. O investimento foi de 160,5 milhões de euros, realizados pela Sparkfood, subsidiária da Sonae.
Sobre os lucros de 25 milhões, que se mantiveram estáveis face ao período homólogo, a Sonae destaca que os "impactos do aumento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos de financiamento pelo aumento das taxas de juro e dos impostos, foram compensados pelos ganhos de quota de mercado e sólida performance dos negócios".
Quanto às perspetivas para o resto do ano, Cláudia Azevedo assegira que, "apesar do enquadramento económico volátil, mantemos a confiança e o foco na nossa missão de criar valor económico, social e natural de longo prazo para todos".