
As viagens são apontadas por 67% dos portugueses como a principal intenção de compra para este ano, em termos de gastos com experiências de lazer, de acordo com um estudo da Mastercard elaborado em 24 países, incluindo Portugal, num universo superior a 16 mil consumidores inquiridos.
Para 48% dos portugueses auscultados, os concertos de música ao vivo foram apontados como outras das principais intenções de compra para este ano, seguidos pelas escapadelas relacionadas com o bem-estar (para 40% dos inquiridos), pelas experiências em família ou gastronómicas (39%) e pelas situações vivenciadas ao ar livre (36%).
No estudo que designou por “Economia da experiência”, a empresa de tecnologia no setor dos pagamentos concluiu que 82% dos portugueses (88% dos europeus) tenciona gastar o mesmo ou mais em experiências em 2024, comparando com o ano passado.
Cerca de 85% dos portugueses (mais de quatro em casa cinco) admitiram que este tipo de despesas “geralmente, ou quase sempre, vale a pena” – um número que contrasta com os 2% que consideram que “raramente ou nunca vale o investimento”. Já 30% reconheceram poupar uma parte do seu orçamento familiar para poder usufruir deste tipo de experiências, lê-se nas conclusões do relatório.
Os inquiridos em Portugal consideraram que as experiências de lazer proporcionam as melhores recordações (49%); ajudam a ver o mundo de outra forma (41%); e encontram nas situações partilhadas com outros um enriquecimento profundo para a sua via pessoal (40%), “seja a explorar um novo destino, a assistir a um evento cultural ou, simplesmente, a desfrutar de uma refeição com quem mais gostam”.
Os promotores do estudo acrescentam que 41% dos portugueses consideram que “o principal fator determinante na decisão de investir numa experiência é o facto de poder ser única, refletindo a vontade de criar memórias para toda a vida”.
No contexto, esse desejo de desfrutar de novas experiências “está a impulsionar as viagens, com 31% dos portugueses a referirem que tencionam planear uma viagem para desfrutarem de uma experiência em particular, e quase metade (49%) a afirmar que viajariam para outro país, ou continente, apenas para desfrutar de uma experiência que desejam concretizar”.
Citando dados do Mastercard Economics Institute, os promotores do inquérito referem que “a quota de gastos em experiências na Europa, como é o caso das viagens ou das experiências gastronómicas, aumentou para 22% do total de despesas em 2023, comparativamente com 19% em 2019. Por outro lado, a quota de despesas em bens físicos manteve-se estável”.