Vialsil distribui lucros pelos empregados após ano histórico

Empresa de Baião, que está a recrutar em Portugal e no estrangeiro, vai aumentar salário de entrada e dar novos benefícios aos trabalhadores.
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2022 foi "o melhor ano de sempre" da Vialsil. A empresa de construção de Baião faturou oito milhões de euros e gerou lucros da ordem dos 500 mil euros, com ambos os indicadores da atividade a registarem aumentos na ordem dos 30%. São resultados históricos, que Paulo Portela, CEO da construtora, vai repartir pelos seus colaboradores. Como adianta, "estipulámos há muitos anos que quando a empresa alcançasse lucros superiores a 500 mil euros iríamos distribuir uma parte em dividendos pelos funcionários. Foi o que aconteceu em 2022."

A Vialsil decidiu alocar uma verba de mais de 80 mil euros para repartir pelos colaboradores, mediante parâmetros como o tempo de longevidade na empresa, os cargos que exercem e as pontuações das avaliações anuais. Esta é uma das medidas que Paulo Portela vai colocar em marcha este ano, quer para reter os trabalhadores quer para atrair novos profissionais.

Como explica, a construtora definiu uma nova política de retenção e contratação de colaboradores, numa tentativa de colmatar a escassez de mão-de-obra e, assim, conseguir responder às solicitações de trabalho. Uma das novidades é o aumento do salário mínimo de entrada. A remuneração, após um período experimental de três meses, estava 20 euros acima do salário mínimo nacional, mas, já a partir deste primeiro mês de 2023, passa a ser de 800 euros.

Também este ano a Vialsil vai avançar com um prémio de permanência na empresa. Como explica Paulo Portela, "sempre que um colaborador completa cinco, 10, 15 ou 20 anos, e assim sucessivamente, no mês em foi admitido recebe mais um salário". Além destes novos benefícios, a empresa garante seguros de saúde iguais para todos, incluindo para a administração, e seguros de vida.

Com esta nova política remuneratória e de prémios, a Vialsil espera conseguir atrair novos profissionais. Neste momento, tem em curso um processo de recrutamento em Portugal e no estrangeiro, para todas as funções, desde motoristas a oficiais, serventes, manobradores, entre outras. A Vialsil, que emprega 99 pessoas, tem 20 funcionários de quatro nacionalidades (Senegal, Vietname, Brasil e Índia) e está a procurar captar trabalhadores nos PALOP e timorenses a viver em Portugal. A carteira de obras, que neste momento já ascende a três milhões de euros, assim o exige.

A construtora de Baião é especializada na conservação de vias de comunicação, tendo como principais clientes as concessionárias das autoestradas. Mas Paulo Portela quer ir mais longe e apostar também na ferrovia, onde a Vialsil já executou algumas pequenas obras. Tudo porque o empresário ambiciona um maior crescimento para a empresa e que este ano seja ainda melhor do que o histórico 2022. "Não chega sermos PME Líder e Excelência consecutivamente, não chega ganharmos prémios atribuídos pelos nossos clientes, queremos que a nossa marca seja cada vez mais forte e gostávamos que, no final deste ano, pudéssemos dizer de novo, tal como dissemos no final de 2022, "este foi o melhor ano de sempre na Vialsil"", frisa o responsável.

Se assim for, o empresário garante uma nova distribuição de lucros pelos trabalhadores. Como sublinha, "esta será uma política da empresa, sempre que os resultados financeiros permitam".

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