O grupo alemão está a ser acusado de instalar programas informáticos que ocultavam os valores reais de poluição gerados pelo motores a gasóleo da Volkswagen e da Audi. Os carros poluem, segundo a acusação, entre 10 a 40 vezes acima dos limites na lei. Este software, que ativava mecanismos de redução de emissões apenas durante os testes, terá sido instalado em meio milhão de carros. Este mecanismo desligava-se na condição real, emitindo gases poluentes muito acima ao permitido..A infração à lei poderá levar a processos judiciais e a multa acima dos 15 mil milhões de euros. O CEO do grupo, Martin Winterkorn, reagiu esta segunda-feira. "Lamenta profundamente" a quebra de confiança dos clientes e do público, salientando que irá "cooperar plenamente com as agências responsáveis, com transparência e urgência, de forma clara, para apurar todos os factos deste caso. A Volkswagen irá fazer tudo o que deve ser feito, para restabelecer a confiança que tantas pessoas depositaram em nós, e nós vamos fazer tudo o que for necessário, a fim de reverter o dano que lhe causou"..A marca vai recolher meio milhão de carros fabricados desde 2008 para remover o software e limpar as emissões de dióxido de carbono nestes veículos. Jetta Beetle, Golf, Passat (Volkswagen) e A3 (Audi) são os modelos abrangidos..O grupo Volkswagen, além desta medida, anunciou que vai deixar de vender carros com motor a gasóleo de quatro cilindros no mercado norte-americano na sequência deste escândalo, descoberto após a acusão da Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos EUA.