Zippy aposta no online e prepara entrada nas Maurícias e Mauritânia

E-commerce pesa dois dígitos na faturação da marca de roupa infantil da Sonae. Crescimento passa pelo mercado externo.
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Apesar do ano atípico, a Zippy reforçou no ano passado a sua presença internacional, lançou o site para mais de 20 mercados na Europa e viu as vendas online dispararem, assumindo um "peso de dois dígitos na faturação da marca". Em 2021, a "estratégia nacional passa por dar continuidade às remodelações e modernizar o parque de lojas. Já a nível internacional, temos um plano de remodelação de lojas a cinco anos na Arábia Saudita, com a previsão de abertura de novos mercados no Médio Oriente e Norte de África, nomeadamente Maurícias e Mauritânia", revela Joana Ribeiro da Silva, administradora da marca. Em Portugal, a cadeia de roupa infantil da Sonae tem mais de 400 colaboradores.

2021 arranca para um novo confinamento. "A Zippy tem um vasto parque de lojas em Portugal, que cobre grande parte do território e das famílias, pelo que a estratégia de crescimento nacional está muito centrada no e-commerce. Estamos sempre atentos a boas oportunidades, que agarraremos se fizerem sentido", diz Joana Ribeiro da Silva, quando questionada sobre o impacto do fecho do retalho nos planos de investimento da marca. "O novo confinamento não altera esse princípio. As remodelações de lojas também continuarão a ocorrer de acordo com as necessidades e antiguidade das lojas."

Em 2020, a marca concluiu em Portugal duas remodelações para um novo conceito de loja: em fevereiro, a do Centro Comercial AlgarveShopping, na Guia, e em maio, a do Arrábida Shopping, no Porto. Abriu ainda um novo mercado - a Argélia - e reforçou a presença em outros dois: Arménia e Arábia Saudita.

A Zippy tem uma rede de mais de 60 lojas internacionais em regime de franchising em cerca de 20 mercados (Argélia, Angola, Arménia, Azerbaijão, Bahrein, Brasil, República Dominicana, Geórgia, Indonésia, Líbia, Malta, Moçambique, Paquistão, Qatar, Ilha Reunião, Arábia Saudita, Tunísia, UAE e Venezuela). E a expansão internacional continua na mira: atualmente está em plano o reforço nas regiões de norte de África e Médio Oriente, em concreto nas Maurícias e Mauritânia. "No canal wholesale (multimarca), a Zippy conta também com uma presença internacional em cerca de 15 países, com mais de mil pontos de venda, pretendendo expandir a rede de forma significativa", adianta.

O site chegou ainda a mais de 20 novos mercados europeus. A aposta no online, aliás, ajudou a mitigar perdas de vendas com o fecho de mais de 100 lojas em todo o mundo. "O negócio passou a estar muito focado no canal online, desde o período de confinamento, com as vendas a crescer de uma forma explosiva e a manter-se esses números mesmo após o lockdown", diz Joana Ribeiro da Silva. Vendas pelo telefone/Whatsapp - em que o cliente podia recolher as compras no estacionamento sem sair do carro - ou uma loja da marca na Glovo, com entregas em casa em menos de uma hora ajudaram.

E manteve-se mesmo após a reabertura. "No terceiro e no quarto trimestres, a performance continuou muito elevada, mais do que duplicando o valor de vendas registado no mesmo período do ano anterior. Esse crescimento permitiu ao canal alcançar um peso de dois dígitos na faturação da marca", adianta. E sem elevadas taxas de devolução: "São abaixo dos 7%, valor que é já benchmark e se tem mantido estável."

"A reabertura da economia foi positiva para a Zippy, com vendas que superaram o histórico em vários meses, nomeadamente no verão e no regresso às aulas", o que "parece representar um forte crescimento de quota, no mercado de roupa infantil", adianta. Mas a recuperação não foi igual em todos os mercados. "No Médio Oriente, particularmente Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e também em países como Malta e Moçambique assistimos a um desempenho muito positivo, com crescimento de vendas importante assim que terminou o confinamento", diz. Outros mercados sentiram "mais dificuldades em recuperar", casos de Brasil, Geórgia, Azerbaijão e Arménia, "estes dois afetados pelo conflito armado."

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