Almina. Cobre e zinco alentejantos são "Elite" na bolsa londrina

A mineira emprega cerca de 350 pessoas que colaboram na extração do minério e na produção de concentrados de cobre e zinco.
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A concessão mineira da Almina - Minas do Alentejo não só está entre as 1000 maiores empresas nacionais como também surge destacada no ranking da produtividade. Situada na vila mineira de Aljustrel, a Almina dedica-se à extração e à valorização de pirites, sulfuretos e de outros minérios.

De acordo com os dados da Ignios, o volume de negócios da Almina cresceu 15% para 106,5 milhões de euros no ano passado. A mineira emprega cerca de 350 pessoas que colaboram na extração do minério e na produção de concentrados de cobre e zinco.

Em 2014, o valor acrescentado bruto obtido pela Almina foi 6,5 vezes superior aos recursos investidos com os recursos humanos. Se este desempenho já posiciona a mineira nos lugares cimeiros no ano em análise, é expectável que o resultado seja ainda melhor em 2015. Isto porque, em abril, a Almina integrou o programa Elite do London Stock Exchange Group. O programa tem como objetivo a melhoria das práticas de gestão. Apesar de não representar uma entrada em bolsa, a integração no Elite é o reconhecimento das potencialidades de crescimento da mineira e a primeira etapa do processo de expansão.

Além da atividade de extração, a Almina dedica-se também à comercialização, transporte de produtos e investigação. Já este ano mereceu a atenção nacional quando o grupo I’M Mining, que detém 100% das empresas Almina e EPDM, inaugurou um laboratório mineralógico, numa cerimónia que contou com a presença de Paulo Portas e anunciou um investimento de 45 milhões até 2016. Na altura, o ex-vice-primeiro-ministro realçou ter particular “simpatia” pelo investimento em regiões do interior.

A concessão do couto mineiro foi atribuída à Almina pelo Estado, tem uma área de 4,7 km2, abrange os depósitos de São João, Moinho, Feitais e Estação e está estrategicamente situada a 80 km do porto de Sines e a 160 km do Porto de Setúbal.

Humberto Costa Leite, presidente da Almina, prevê que as minas estejam em atividade pelo menos por mais 10 anos. Mas como os recursos geológicos são finitos, a mineira está já a desenvolver trabalhos noutras zonas do país para o caso de Aljustrel ficar sobre-explorada.

Em 2014, o lucro da Almina disparou 26% para quase 24 milhões. Para este ano, o objetivo é produzir 2,3 milhões de toneladas de cobre e zinco e atingir uma faturação de 125 milhões.

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