Banco Atlântico vai abrir sucursal na Zona Euro

O Banco Privado Atlântico prepara-se para dar o salto a partir de Portugal e vai abrir uma sucursal num país da Zona Euro. Embora ainda não tenha sido possível apurar qual será o país, o Dinheiro Vivo sabe que o banco de capitais angolanos irá apostar num mercado onde há potencial de empresas que exportam para África, sobretudo para Angola. O processo já deu início e tudo aponta para que esteja concluído até ao final do ano.
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Ainda no âmbito do seu plano de expansão, o Banco Atlântico vai ainda abrir uma sucursal na Namíbia, até junho, e também em Moçambique, onde já recebeu a licença. Ao contrário de outras instituições financeiras angolanas concorrentes, a expansão do Banco Privado será feita a partir do braço português, ou seja, através do Atlântico Europa.

Em Portugal, o banco liderado por Diogo Cunha (antigo administrador do Banco BIG) está atualmente na corrida à compra do AtivoBank, do Millennium bcp. O Banco Privado Atlântico está a analisar esta oportunidade por encaixar no posicionamento que o banco pretende vir a assumir, de um banco com uma forte componente digital.

O Banco Privado Atlântico Europa é detido a 89,5% pelo Atlântico Finantial Group (com sede no Luxemburgo), a 7% diretamente pelo Atlântico de Angola, os restantes 3,5% estão nas mãos da equipa de gestão.

Em Angola a equipa de gestão é dona de 21% do capital, a Global Pactum detém 72,3%, e o Banco Millennium Angola conta com uma participação de 6,7%. A Global Pactum está ligada a Carlos José da Silva, presidente do banco e acionista direto (foi o fundador em 2006).

Atualmente, o Banco Privado Atlântico conta com 110 colaboradores de 12 nacionalidades. A intenção é manter apenas com o balcão da Avenida da Liberdade, em Lisboa, não estando previstas mais aberturas em Portugal.

O modelo de negócio da instituição financeira liderada por Diogo Cunha vide-se, essencialmente, em três áreas: empresas exportadoras, clientes instituições e particulares. Os dois primeiros representam cerca de 60% do negócio do banco, ficando os restante 40% alocados a particulares, sendo que metade dos clientes são portugueses, seguido de angolanos.

No ano passado, o Atlântico Europa registou um lucro de quase 3,8 milhões de euros, mais 71% face ao ano anterior. O objetivo para 2015 é conseguir crescer ao mesmo ritmo.

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