Centro Comercial Alvalade: "Gostávamos de trazer uma loja de moda e mais restaurantes"

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As primeiras lojas novas do renovado centro comercial Alvalade - incluindo um supermercado Pingo Doce - já abriram ao público e marcam um momento de viragem na história deste emblemático shopping de Lisboa.

Inaugurado em 1976, foi um dos primeiros a nascer em Portugal e a fazer parte de uma geração de centros que incluía, por exemplo, o Apolo 70 ou o Arco Íris. Todos eles situados nos pisos térreos ou em caves de edifícios de escritórios e habitação e com muitas lojas pequenas.

Este conceito de galeria comercial funcionou bem até meados dos anos 90 quando começaram a aparecer os modernos mega shoppings como o Colombo, em Lisboa. Neste novo conceito, os centros cresciam para cima e não para as caves, privilegiava-se a luz natural e havia lojas e hipermercados de grande dimensão.

Foi por isso que "a partir de 2004, começa a surgir a ideia de que era preciso mudar o centro Alvalade, até porque as lojas era muito pequenas, tinham apenas 18 metros quadrados, e como tal não eram atractivas para os lojistas porque limitavam o crescimento do negócio", contou o diretor do centro, Miguel Simão. Em 2006, diz o mesmo responsável, deu entrada na câmara o pedido de licenciamento, que foi aprovado em 2011, ano em que arrancaram as obras de renovação que deram lugar a um novo espaço com 27 lojas e vista para a rua.

Durante estes dois anos de obras, o centro foi chegando a acordo com os lojistas para saírem ou abrirem lojas no piso acima, para onde a maior parte do centro se mudou agora, mas houve duas que não arredaram pé: uma loja de roupa e a histórica ourivesaria Camanga, que ali permanece, cheia de pó das obras e literalmente a um canto do piso de baixo do centro e de frente para o parque de estacionamento. Dá, aliás, a ideia que a renovação deste piso - que era onde estava antes o centro comercial - foi feita à volta destas duas lojas que não quiseram sair.

Ainda assim, Miguel Simão acredita que este contratempo não vai afectar o centro dada a variedade da oferta e também por causa do Pingo Doce, que confessa, atrai muitos clientes. "Mas atenção que não teve nada a ver com a nossa vontade de renovar o centro. Eles já são nossos parceiros noutros centros, mas vieram depois como qualquer outro lojista, atraídos pelo facto de haver parque de estacionamento", disse.

O responsável do centro está, por isso, confiante de que, mesmo em tempo de crise, este espaço irá vingar, até porque tem um conceito muito bem definido. "Será sempre um centro de bairro", comentou, acrescentando que já estão a pensar nas lojas que ainda faltam arrendar. "Gostávamos de trazer uma loja de moda e mais restaurantes", adiantou.

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