É um dos divórcios milionários do ano, mas o CEO e fundador do fundo Criterion Capital, Asif Aziz, com uma fortuna avaliada pela mulher em 1,1 mil milhões de libras, diz que nunca foi casado com a mãe dos seus quatro filhos.
O complexo Trocadero ou o Picadilly Circus são alguns dos investimentos na área do imobiliário geridos pelo fundo Criterion. Até março do ano passado, o fundo tinha gerado receitas de 4,3 mil milhões de libras, segundo noticia a Bloomberg.
Perante o tribunal britânico, onde o caso está a ser julgado, Asif Aziz afirma que nunca foi casado com Tagilde Aziz, pelo menos à luz da Lei britânica. A mulher, que busca um acordo de divórcio que lhe garanta uma fatia considerável da fortuna de Aziz que avalia em 1,1 mil milhões de libras, diz que foi sempre apresentada ao mundo como a sua mulher legítima.
As partes disputam sobre a legalidade das cerimónias que uniram o casal, primeiro em Wimbledon em 1997, através de uma cerimónia religiosa e, em 2002 no Malawi. Tagilde Aziz diz que já estava grávida quando a foi realizada a cerimónia religiosa "nikah" em Inglaterra, após insistência da família do marido. Cinco anos depois decorreu uma segunda cerimónia, em casa de um tio do marido no Malawi.
O CEO da Criterion garante que não decorreu nenhum casamento e que a cerimónia no Malawi foi apenas para obter "um certificado de conveniência" que lhes permitisse obter um passaporte para uma criança que o casal tinha "adotado informalmente".
"As partes nunca foram casadas, por isso não há qualquer casamento que tenha de ser dissolvido por este tribunal", argumentou o advogado que representa Asif Aziz perante o Tribunal, citado pela Bloomberg.
Uma decisão sobre a validada do casamento irá desempenhar um papel importante na divisão dos ativos. Os Tribunais de Londres têm a reputação de serem locais favoráveis para disputas desta natureza, inclinando-se para a divisão igualitária dos bens entre as partes. Caso não fique provado que o casamento é válido, Tagilde Aziz irá receber uma fatia substancialmente inferior dos ativos.
De acordo com documentos apresentados pelos advogados da mulher do gestor, este argumenta ter um rendimento anual de apenas 400 mil libras e que terá já incorrido em despesas com o divórcio de 600 mil libras.