Cerelac. Como se faz a papa, da seara até ao prato?

Do campo de trigo até ao prato, a famosa papa Cerelac passa por mais de 100 controlos e testes apertados para garantir a máxima segurança alimentar.
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Foi inventada há 81 anos, mas a receita da papa mais conhecida pelos portugueses está longe de passar de moda. Com um sabor que se mantém inalterado, a Cerelac tem a sua origem nos campos de trigo do Alentejo onde se produz um cereal com baixo teor de pesticidas.

Só na Herdade do Monte dos Pobres, perto de Vila Viçosa, são 388 os hectares de trigo colhido (o equivalente a 1300 toneladas) durante o mês de junho, que depois viaja cerca de 400 quilómetros até à fábrica da moagem Carneiro&Campos, em Matosinhos, para se transformar em farinha.

O que quase ninguém sabe é que, do campo de trigo até ao prato, a famosa papa Cerelac passa por mais de 100 controlos e testes apertados para garantir a máxima segurança alimentar. Desde o cereal, passando pela moagem e pela farinha, até chegar ao preparado final, a Cerelac tal como a conhecemos passa por vários ímanes, crivos, detetores de metais, máquinas de raios X e testes químicos e laboratoriais de última geração, feitos em França e em Itália.

A última, e mais importante, etapa do fabrico da Cerelac é a fábrica da Nestlé, em Avanca, um dos principais pilares da empresa em Portugal. Ali trabalham 300 pessoas, estando 90 dedicadas apenas à linha de fabrico da Cerelac.

Explicado de forma simples, fazer Cerelac é como fazer um bolo: misturam-se primeiro os ingredientes secos (a farinha, o leite em pó e o açúcar), a que se juntam os cereais hidrolisados enzimaticamente. Esta mistura “coze” a 180 graus e é transformada numa película fina, que é depois moída para se obter um grão com 1,5 milímetros.

A uma média de 40 embalagens por minutos, por dia são produzidas em Avanca 50 toneladas de Cerelac, das quais mais 50% seguem para a exportação. E para serem degustadas por bebés, crianças e até adultos, em Portugal e no mundo.

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