Como escolher a universidade para se candidatar

Veja as dicas de como tornar mais fácil o processo de seleção dos estabelecimentos de ensino superior e dos cursos.
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As candidaturas ao ensino superior arrancam já a 25 de julho. A candidatura para as instituições de ensino público é realizada online, no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). E para o fazer, o estudante deve pedir uma senha de acesso ao sistema de candidaturas online através da plataforma da DGES.

Se está nesta situação, a par de escolher que curso seguir, é importante saber a que universidades pretende candidatar-se. Na candidatura ao ensino superior público através do concurso nacional, cada estudante pode, em cada fase do concurso, concorrer a um máximo de seis pares instituição/curso, isto é, a seis combinações de instituições e cursos, indicadas por ordem de preferência.

Neste artigo, vamos dar-lhe dicas de como tornar mais fácil o processo de seleção das suas opções.

O primeiro é reunir o máximo de informação possível sobre as universidades que disponibilizam o curso que pretende seguir. Pode fazê-lo através das páginas online das instituições, mas não deixe de fazer visitas presenciais, sempre que possível. E não olhe apenas para os rankings divulgados. Não se esqueça que a sua escolha deve contemplar os seus objetivos académicos, pessoais e, também, sociais.

E consoante as suas preferências, alargue a sua pesquisa e não fique pela proximidade geográfica. Procure por instituições de todo o país - ou até, quem sabe, internacionais.

Os planos de estudos podem diferir de universidade para universidade, por isso é importante analisar cada um deles ao detalhe. Além disso, perceba também se o programa de ensino superior que escolheu pode oferecer estágios. Nesse caso, o ideal também é escolher uma universidade localizada numa zona onde tenha a oferta destas experiências.

Não se esqueça também de verificar se a universidade oferece material de apoio, recursos tecnológicos e todas as ferramentas necessárias à evolução da aprendizagem na carreira que escolheu.

Saiba ainda que as universidades se subdividem em faculdades, mas também existem institutos e escolas superiores. O tipo de ensino varia entre instituições e, por isso, deve fazer uma análise criteriosa dos planos curriculares.

Nada melhor do que saber em primeira mão sobre a experiência que quem frequenta ou já frequentou a universidade em questão. Procure saber mais sobre o seu curso e sobre as ofertas que a universidade disponibiliza.

É importante que seja realista nesta fase. Esta dica vai fazer com que evite a perda de tempo e possíveis frustrações. Deve ter em consideração que ingressar em algumas universidades pode ser uma tarefa difícil. Assim, deve ampliar o seu leque de opções e não alimentar expetativas exageradas.

Além disso, se não conseguir entrar na universidade com que sonhou, tenha em mente que este processo não precisa de ser a definição da sua vida profissional. Saiba que é possível entrar noutro programa da sua lista de opções e, mais tarde, pedir transferência para um programa que considera mais prestigiado, por exemplo.

Outra dica muito importante é considerar os custos que terá com caso ingresse na universidade em questão. Pense sobre dos encargos financeiros que esta escolha acarreta e analise a sua disponibilidade para o efeito. Por exemplo, além da propina, uma universidade numa cidade longe de casa vai implicar custos com alojamento.

E não esqueça ainda de verificar se tem direito a apoios, como as bolsas académicas. Estas bolsas de estudo são atribuídas por um ano letivo (exceto em situações em que o pedido é feito a meio do ano). Estas bolsas podem ser renovadas até terminar os respetivos estudos. Mas para que isso aconteça é preciso cumprir alguns critérios. Por exemplo, é necessário que no ano anterior tenha obtido aproveitamento a pelo menos 36 créditos ECTS.

Muitas vezes, a maior barreira para quem deseja entrar no ensino superior não é não ter ficado na sua primeira opção, mas sim conseguir margem financeira para se manter, lidar com o aumento de custos no orçamento, e ainda sobreviver às exigências académicas do primeiro semestre. Por isso, não desanime e lembre-se que os bons alunos nem sempre entram à primeira na sua opção de eleição e nem sempre a universidade da sua primeira opção corresponde à melhor.

O concurso nacional de acesso tem três fases de candidatura, que são definidas num calendário anual, publicado todos os anos no Diário da República.

O prazo normal para a apresentação da candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior inicia-se no dia 25 de julho e decorre até ao dia 8 de agosto. A segunda fase vai decorrer entre 12 e 23 de setembro. E, por fim, as candidaturas de acesso à terceira fase acontecem entre 7 e 11 de outubro.

Os resultados da primeira fase são conhecidos a 12 de setembro. Da segunda fase a 30 de setembro e, finalmente, a 16 de outubro são divulgadas as colocações da terceira fase.

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