A Direção-Geral da Concorrência da União Europeia (DGCom) não
fez qualquer tipo de exigência ao BCP para vender o Activobank.
Apesar de Bruxelas ter imposto algumas condições aos bancos que
recorreram à ajuda estatal, nomeadamente a redução das operações
internacionais e escolha de operações domésticas, no caso do BCP,
a venda do Activobank não está contemplada. A confirmação foi
dada ao Dinheiro Vivo por fonte próxima, na sequência da notícia
do Diário Económico de ontem que dava conta do BCP poder vir a
alienar o banco no âmbito da venda de ativos que tem promovido.
O Dinheiro Vivo sabe ainda que o BCP não tem em cima da mesa
uma proposta formal para a venda do Activobank (que detém a 100%),
no entanto, encontra-se disponível para avaliar propostas que possam
existir. Isto até porque o próprio plano da instituição
financeira prevê a possibilidade de se realizarem parcerias, que
possam alavancar a captação de clientes. A estratégia do
Activobank poderá também passar por uma parceria fora do sector
financeiro, permitindo, no entanto, que o BCP se mantenha como
acionista, apurou o Dinheiro Vivo.
Segundo o Diário Económico, um dos potenciais interessados na
compra do Activobank poderia ser o Finantia. Até porque recentemente
o presidente do banco, António Guerreiro, afirmou estar "à
procura de aquisições". No entanto, o Dinheiro Vivo não
conseguiu obter resposta do Finantia.
O Activobank ainda não revelou as contas anuais de 2013, mas nos
nove primeiros meses do ano passado apresentou 2,5 milhões de euros
de prejuízos. Fontes próximas garantem que o break even deverá ser
atingido ainda este ano.