Num país bastante dividido relativamente às ordens de confinamento devido à pandemia de Covid-19, Elon Musk, o responsável máximo da Tesla, voltou a proferir declarações polémicas, ao considerar que as ordens para ficar em casa "são fascistas".
Na conferência de apresentação de resultados financeiros da marca de veículos elétricos, Elon Musk criticou as ordens de confinamento impostas por muitos estados americanos, num país onde a reabertura de lojas e espaços públicos tem sido alvo de grande debate. Alguns estados estão bastante interessados na reabertura rápida após um período de confinamento, enquanto outros estados são mais cautelosos nos seus planos de reabertura.
“Eu diria que ‘emprisionar as pessoas forçadamente nas suas casas’ é contra os seus direitos constitucionais, na minha opinião, e viola as liberdades individuais de formas que são horríveis e erradas e não pelas quais as pessoas vieram para a América ou construíram este país. É ultrajante!”, disse Musk, em declarações citadas no The Washington Post, que foi ainda mais longe na sua apreciação à situação de confinamento pela pandemia de Covid-19.
“Dizer que as pessoas não podem sair das suas casas e que serão presas que o fizerem… Isso é fascista. Isso não é democrático, não é liberdade. Devolvam às pessoas o raio da sua liberdade”, acrescentou ainda.
Estes comentários acabaram por relegar para segundo plano uma boa notícia para a marca americana, uma vez que a Tesla registou lucros no primeiro trimestre (16 milhões de dólares), bem diferente dos 702 milhões de dólares de prejuízo registados no mesmo período do ano passado. No entanto, Musk também reportou nesta chamada que a perspetiva da Tesla para o resto do ano pode ser afetada pela pandemia, acompanhando, de resto, um efeito que todos os construtores automóveis têm vindo a sentir.