Cresap abriu concurso para nova direção do ISS

Avisos publicados esta sexta-feira em Diário da República surgem depois do afastamento da direção nomeada pelo governo anterior em maio de 2016.
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A Comissão para o Recrutamento e Seleção da Administração Pública (Cresap) abriu os procedimentos concursais para o recrutamento do novo conselho diretivo do Instituto da Segurança Social (ISS).

Os avisos publicados esta sexta-feira em Diário da República, com data de quatro de janeiro, referem-se aos cargos de presidente, vice-presidente e dois vogais do ISS.

Recorde-se que em maio do ano passado, o ministro da Segurança Social decidiu afastar a anterior direção do ISS alegando a necessidade de "imprimir nova orientação à gestão" do instituto.

“É premente dotar o ISS de uma nova abordagem e dinâmica no desempenho das suas atribuições e competências, com a adoção de novas práticas na gestão dos recursos ao seu dispor, quer humanos, quer materiais, e do desejável aumento da capacidade de resposta direcionada aos novos e exigentes desafios que se colocam ao país em geral, e à área da segurança social, em particular”, justificava Vieira da Silva na nota enviada à comunicação social.

O comunicado referia ainda que seriam nomeados "dirigentes em regime de substituição, como previsto na legislação em vigor, seguindo-se o procedimento concursal na Cresap", o que veio acontecer no mês seguinte.

Umas semanas depois, o ministro nomeou os novos dirigentes "em regime de substituição". Para presidir ao instituto, Vieira da Silva escolheu Rui Fiolhais, que integrava o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério desde 1992.

A anterior direção, presidida por Ana Clara Birrento, tinha sido nomeada pelo Governo de Passos Coelho e Paulo Portas na sequência de um concurso da Cresap. A presidente tinha sido diretora do centro distrital de Setúbal da Segurança Social e candidata a eurodeputada pelo CDS-PP.

Aliás, tal como o Negócios noticiou em fevereiro de 2015, as 14 pessoas escolhidas para cargos de chefia do ISS, incluindo as direções regionais, tinham todas ligação ao PSD ou ao CDS. Isto apesar de terem sido nomeadas após concurso da Cresap.

Em dezembro de 2015, o ministro já tinha afastado a direção do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e já em janeiro deste ano foi noticiado o afastamento do conselho diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, utilizando sempre o argumento da necessidade "de imprimir nova orientação à gestão".

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