Os dados do .Banco de Portugal mostram que em abril foram enviados 235,8 milhões de euros pelos emigrantes portugueses, .menos 6,68% do que há um ano. Foi a primeira vez desde setembro de 2011 que o .dinheiro repatriado pelos emigrantes recuou face ao período homólogo e, .para se obter uma queda comparável é preciso recuar até abril de 2011, quando a perda homóloga foi de 8,07%. .De qualquer forma, e depois do avanço de 10% das remessas verificado em fevereiro deste ano, o montante global depositado pelos emigrantes nacionais em solo português, ainda está acima do registado nos primeiros cinco meses do ano passado (+1%). Até abril de 2013 foram entregues 896,9 milhões de euros, e este ano já foram colocados em Portugal 906,7 milhões euros. .Recorde-se que no ano passado, o dinheiro enviado pelos emigrantes ultrapassou pela primeira vez a fasquia dos três mil milhões de euros, o que representou uma melhoria de 9,6% face ao ano de 2012. .O governo afirmou, à data, que o volume de rendimentos do trabalho obtidos fora e colocados em Portugal refletem a melhoria da confiança dos portugueses no País e na solidez do sistema bancário. No entanto, os especialistas alertam para o facto de o volume de remessas não estar a acompanhar a saída dos portugueses, que estão a deixar o país a um ritmo comparável ao registado nos anos 60. .Os dados mais recentes do INE sobre a população residente em Portugal mostram que a tendência de saída de portugueses está a acentuar-se desde o início da crise, sendo que o saldo migratório - a diferença entre os que saem e os que entram - é já negativa. Ou seja, a saída de portugueses do País não está a ser acompanhada por uma tendência de entrada por parte de estrangeiros. .Nas contas do INE, em 2013 emigraram temporariamente 74 mil portugueses, que se juntaram aos 69 mil registados um ano antes. Os números sobem para 128 mil saídas se lhes juntarmos os emigrantes permanentes, mais do que os 121 mil contabilizados um ano antes.