Empresa de pagamentos abre escritório em Lisboa. Contrata 100 até 2023

Nascida em 2004 nos Países Baixos, Mollie permite às empresas de comércio eletrónico receber os pagamentos dos clientes. Centro de desenvolvimento irá contar com pessoas que moram na região de Lisboa.
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Dos Países Baixos para Lisboa: a empresa de pagamentos Mollie vai abrir um centro de desenvolvimento na capital portuguesa. Até ao final deste ano serão contratadas 20 pessoas mas a equipa irá crescer e contar com pelo menos 100 elementos no final de 2023, adianta ao Dinheiro Vivo esta terça-feira a fintech fundada em 2004.

"Escolhemos Portugal, no início deste ano, após realizarmos uma ampla análise de potenciais localizações, em muitos países, para o nosso novo centro de desenvolvimento. É uma base fantástica para o nosso novo polo de desenvolvimento, com milhares de engenheiros de software e gestores de produto altamente talentosos. Adicionalmente, adoramos a cultura vibrante e rica de Lisboa", refere o responsável tecnológico da Mollie, o português Marco dos Santos.

Engenheiros de software, gestores de produto, gestores de engenharia, funções relacionadas com dados e designers serão os perfis contratados nos próximos três anos. Depois de contratar 20 pessoas em 2021, serão recrutadas 40 em 2022 e outras 40 em 2023.

A Mollie permite a mais de 120 mil empresas empresas de comércio eletrónico receberem os pagamentos dos clientes. Só em 2020 processou mais de 10 mil milhões de euros em transações e pretende movimentar o dobro do montante neste ano. Países Baixos, Bélgica, Alemanha, França e Reino Unido são os cinco principais mercados.

A abertura do escritório na capital portuguesa é anunciada um mês depois do levantamento de 665 milhões de euros em ronda C de investimento. Depois de arrecadar mais de 780 milhões de euros em capital, a tecnológica neerlandesa é considerada uma das cinco fintech mais valiosas da Europa fora da Bolsa.

Para já, a Mollie está à procura de um espaço físico para se instalar em Lisboa. "Procuramos principalmente em zonas centrais, mas não importa onde estejamos, queremos é garantir que será um espaço que seja agradável, que tenha capacidade para ir ao encontro das nossas ambições de recrutamento e que seja acessível para os nossos funcionários."

Ao contrário do que várias tecnológicas têm feito a nível mundial, a companhia dos Países Baixos vai focar as contratações em candidatos que residam ou que estejam disponíveis para morar na região de Lisboa.

"É importante para a nossa cultura que os membros da nossa equipa possam trabalhar lado a lado enquanto desenvolvem novos produtos e serviços para os nossos clientes. Ficaríamos muito felizes em considerar pessoas que se desejem mudar para Lisboa e trabalhar na Mollie."

Apesar disso, o modelo híbrido será mantido "à medida que o mundo regressa à normalidade" para que os trabalhadores "definam o equilíbrio certo entre o trabalho remoto e o presencial.

Depois de abrir por cá o centro de desenvolvimento, a empresa admite apostar no serviço para o mercado lusitano. "Temos a intenção de lançar o nosso serviço em Portugal, é simplesmente uma questão de tempo. Sem o ter explicitamente no nosso plano de expansão, esperamos estar disponíveis em Portugal, nos próximos anos."

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