Os lucros no Novo Banco estabilizaram nos primeiros nove meses do ano nos 610,5 milhões de euros, em linha com os resultados de 2024, anunciou a instituição financeira.Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco informa que o produto bancário comercial caiu em termos homólogos 2,8%, situando-se nos 1.095 milhões de euros.A margem financeira, que traduz a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, alcançou os 829 milhões de euros, caindo 6,5% relativamente ao mesmo período do ano passado, e as comissões cresceram 10,7% para 266,1 milhões de euros.O Novo Banco registou um aumento de 5% nos custos operacionais, para 384,2 milhões de euros, fazendo recuar o resultado operacional 0,9% para 783,6 milhões de euros.Até setembro, o banco reverteu provisões para empréstimos a clientes em cerca de 700 mil euros, que contrasta para um reforço de 68,7 milhões de euros no mesmo período do ano passado.Ao mesmo tempo, o banco reforçou as provisões para outros ativos e contingências em 22%, para 61,0 milhões de euros. Feitas as contas, o total para imparidades e provisões caiu 47,4%, para 60,3 milhões de euros.A carteira de crédito bruta cresceu 6,3% face a setembro do ano passado, para 30.560 milhões de euros, destacando-se a subida do crédito a particulares (10,3% para 12.917 milhões de euros), impulsionada pela subida de 8,0% do crédito à habitação, que atingiu 10.712 milhões de euros.Nos depósitos, o Novo Banco somava 30.871 milhões de euros no final de setembro, uma subida de 4,7% em termos homólogos.No final de setembro, o Novo Banco contava com 4.111 trabalhadores e 289 balcões, menos 138 funcionários e duas agências que há um ano.O rácio de crédito problemático (NPL) foi de 3,2% em setembro, igual a junho, mas abaixo dos 4,0% de setembro do ano passado.Quanto a indicadores de solidez, o rácio de capital CET1 era em setembro de 16,9%, abaixo dos 20,8% do final de dezembro.O presidente executivo do Novo Banco, Mark Bourke, citado no comunicado, disse que os valores apurados nos primeiros nove meses de 2025 “reforçam a robustez” do modelo de negócio da instituição.“Continuamos a executar o nosso plano estratégico com disciplina, apoiando as famílias e empresas portuguesas”, acrescentou..Estado e Fundo de Resolução vendem participações no Novo Banco ao BPCE por 1,7 mil milhões de euros.PJ faz buscas no Novo Banco e na consultora KPMG