TAP: 169 milhões que Neeleman "aceitou perder" estão com Humberto Pedrosa

Empresário português ficou com as prestações acessórias do ex-parceiro norte-americano, ao contrário do que tinha declarado o ministro das Infraestruturas em conferência de imprensa.
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O empresário David Neeleman não terá perdido 169 milhões de euros por causa da intervenção do Estado na TAP. Este dado contraria a informação divulgada pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, durante a conferência de imprensa da passada sexta-feira, em que anunciou o plano de reestruturação da companhia aérea. O ministro tinha dito que Neeleman "aceitou perder" dinheiro injetado na TAP.

Segundo o jornal Público desta quinta-feira, os 169 milhões de euros em prestações acessórias do empresário norte-americano ainda estão na TAP, nas mãos de Humberto Pedrosa, ex-parceiro de Neeleman no consórcio Atlantic Gateway. Este consórcio ganhou o processo de privatização da TAP, em 2015, tendo injetado 224 milhões de euros em prestações acessórias.

Aquando da intervenção do Estado na TAP, Humberto Pedrosa manteve-se como acionista da companhia aérea, através da holding HPGB, com uma participação de 22,5%.

Neeleman, para sair do capital da TAP, trocou 55 milhões em dinheiro por um crédito do mesmo valor. "Foram pagos em troca de 22,5% de participação na TAP, 67,5% de direitos económicos, a transferência de 55 milhões de euros em prestações acessórias para o Estado e a cessação de qualquer litigância", refere à mesma publicação fonte oficial do ministério das Infraestruturas.

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