Visabeira cresce mais de 30% em 2024. Ano foi de “afirmação decisiva”, diz CEO

A dona da Vista Alegre Atlantis encerrou o ano passado com um volume de negócios superior a 2,2 mil milhões de euros. Os mercados internacionais garantem 79% da atividade global do grupo
Nuno Marques, CEO do grupo Visabeira. Foto: Maria João Gala / Global Imagens
Nuno Marques, CEO do grupo Visabeira. Foto: Maria João Gala / Global Imagens
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Foi um ano “de afirmação decisiva para o Grupo Visabeira”, diz Nuno Terras Marques em comunicado enviado às redações, no dia em que a empresa, que detém marcas como a Vista Alegre Atlantis e a Bordalo Pinheiro, anunciou um crescimento superior a 30% no ano transacto.

Os resultados, diz o responsável da empresa de Viseu, refletem “não apenas o sólido crescimento do nosso negócio, mas também a concretização da nossa visão estratégica. Alcançámos um volume de negócios consolidado pró-forma de 2.365 milhões de euros, um aumento expressivo de 31,2% face a 2023, que evidencia a nossa capacidade de execução, ambição e compromisso com a excelência”.

Recorde-se que no ano passado a Visabeira anunciou vários marcos no seu crescimento, nomeadamente a compra de 24 milhões de ações da Martifer à I’M SGPS, o que lhes garantiu uma posição de 24% na empresa - passando assim a ser o terceiro maior acionista da construtora.

“Encerrámos o ano com uma carteira de negócios contratualizada no valor de 5,7 mil milhões de euros, constituindo uma base sólida para enfrentarmos o futuro com confiança, sustentados por uma estratégia centrada no crescimento sustentável e na criação contínua de valor”, reforçou o CEO da companhia, que tem estado a estender as suas asas também dentro do país, apesar de ser a atividade além-fronteiras aquela que mais contribui para os resultados do grupo.

Segundo os dados revelados esta segunda-feira (2 de junho), em 2024 a atividade internacional representava 79% da atividade global do grupo (1.869 milhões de euros), com a Europa a assegurar 46%, os EUA 28% e África 5%. Questionado recentemente sobre o potencial efeito das tarifas Trump na sua atividade, durante a 8ª Money Conference organizada pelo DN, Nuno Marques referiu que está relativamente "tranquilo". Aliás, no ano passado, a Visabeira adquiriu a Verità, que desenvolve serviços de engenharia nas redes fixas e móveis de telecomunicações, com o intuito de duplicar a receita naquele país.

Na ocasião, o CEO da Visabeira deixou bem claro que a aposta do outro lado do Altântico era um projeto a longo prazo, e é assim que parece continuar a olhar para ela. “À medida que executamos a nossa estratégia de expansão nos Estados Unidos, onde temos fortes ambições de longo prazo, este investimento desempenhará um papel fundamental”, referiu na altura. “A robustez do nosso balanço permitir-nos-á continuar a prosseguir as nossas prioridades de crescimento e a nossa estratégia de aquisições nos próximos anos, na Europa e nos EUA”, acrescentava.

Certo é que aquele mercado contribuiu com 661 milhões de euros (28% do total) para o volume de negócios registado em 2024, “impulsionado pelas aquisições estratégicas da Verità Telecommunications e da Sargent Electric, lê-se no documento enviado no início desta semana ao mercado.

A Visabeira tem, atualmente, negócios nas áreas de telecomunicações, energia, tecnologia e construção, indústria, turismo e imobiliário, e opera em dezenas de geografias. A internacionalização sempre foi e deverá continuar a ser um dos principais pilares do grupo nacional, mas a atividade em Portugal não é despiciente: o mercado nacional contribuiu com 497 milhões de euros para os resultados da Visabeira ou 21% do volume global.

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