Os governos do Chile e do Brasil estão em campanha para captar jovens empreendedores de todo o mundo para criarem empresas nestes dois países. Oferecem apoio financeiro, infra-estruturas e assessoria e as candidaturas estão a decorrer. O próximo país da América Latina a avançar com um acelerador de empresas será o Perú.
O governo chileno deu o pontapé de saída, em 2010, no desenvolvimento de um programa para atrair até àquele país empreendedores nacionais e internacionais com projetos para criarem empresas de base tecnológica. O Brasil e o Peru seguiram o exemplo chileno e anunciaram iniciativas semelhantes para captar jovens empreendedores de todo o mundo.
O acelerador de empresas Start Up Chile foi a resposta encontrada pelo governo chileno para captar inovação tecnológica e diversificar a economia do país para além da exploração de minérios, a pesca, ou as florestas. O governo dá aos projetos vencedores um apoio financeiro de 40 mil dólares e a possibilidade de, durante seis meses, as empresas desenvolverem no Chile as suas atividades.
O governo brasileiro lançou o Start Up Brasil, que tem neste momento a decorrer uma nova fase de candidaturas e destina-se a empresas nacionais e internacionais, com menos de três anos de vida, que desenvolvam produtos ou serviços utilizando ferramentas de software e serviços de TI como parte da solução proposta.
As start ups selecionadas receberão até 200 mil reais (66 mil euros) para contratação de recursos humanos por 12 meses, além de participarem de um programa de aceleração com acesso a escritório, assessoria jurídica, mentores, etc. Somados a estes recursos públicos, as aceleradoras deverão investir entre 20 mil reais (6 mil euros) a 1 milhão de reais (333 mil euros) adicionais em cada startup, em troca de uma participação acionista a ser negociada. O programa terá a duração de 12 meses e contará ainda com ações de divulgação das empresas apoiadas, como Demo Days, e com uma infraestrutura internacional na região de Silicon Valley, nos EUA.
A Start Up Perú foi recentemente anunciada pelo governo peruano e deverá ser lançada em dezembro deste ano. O governo peruano destinou um financiamento de 18 milhões de dólares para o programa de aceleração de novas empresas de base tecnológica com o objetivo de criar uma nova geração de empresas e diversificar o modelo económico do país, muito dependente da exploração de recursos naturais. As startups selecionadas poderão ter um apoio financeiro até 47 mil dólares para desenvolver a sua ideia e transformá-la num negócio.
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