O Dinheiro Vivo consultou os preçários de cinco dos maiores bancos a operar em Portugal – CGD, BCP, BPI, Novo Banco e Montepio – para saber qual o custo associado ao serviço de aluguer de cofres.
As comissões cobradas dependem da dimensão do cofre. Os valores oscilam entre 21 e 2870 euros, mas o preço médio fixa-se em cerca de 40 euros para os cofres de menor tamanho. Na maioria das situações, os bancos exigem ainda uma caução e cobram por visitas ao cofre. Um eventual arrombamento do cofre também tem um custo. Conheça os valores aplicados em cada instituição.
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Caixa Geral de Depósitos
O banco público aplica quatro comissões distintas ao serviço de aluguer de cofres: celebração de novo contrato, caução, aluguer e comissão de visita ao cofre.
A CGD é a instituição, entre as cinco maiores do mercado, que oferece o maior número de cofres. No preçário do banco estão identificados cofres com 28 dimensões distintas. Os cofres até 10 decímetros cúbicos têm um custo de 42,5 euros, enquanto o cofre maior, de 7501 a 8000 decímetros cúbicos, custa 2870 euros. A estes valores aplica-se ainda a taxa de IVA de 23% em Portugal Continental.
O aluguer de cofres na instituição estatal exige a celebração de contrato (5,25 euros) e uma caução de 175 euros. Esta caução será restituída no momento em que cessar o contrato, “abatida de eventuais importâncias em dívida”, esclarece o banco.
A CGD aplica ainda uma comissão de visita ao cofre de aluguer. Mas a CGD explica que esse encargo só se “aplica apenas a partir da terceira visita, no caso dos clientes com serviço Caixazul, ou da segunda visita, para os demais clientes, verificada em cada anuidade”.
Millennium bcp
No BCP existem cofres com seis tipologias de cofres. Os mais pequenos têm até 20,99 decímetros cúbicos e custam 47,5 euros. Já aos cofres com a maior dimensão – entre 131 e 300 decímetros cúbicos – é aplicada uma comissão fixa anual de 250 euros.
No Millennium é exigida uma caução de 200 euros e a visita ao cofre tem um custo de 5 euros. “A comissão de visita é aplicada por cada acesso ao cofre de aluguer, sendo imediatamente debitável”. Os clientes da Rede Private Banking ficam isentos da comissão por visita.
O valor aplicado ao arrombamento do cofre é “casuístico”. Isto significa que, se por motivo imputável ao clientes, se justificar o arrombamento do cofre ser-lhe-ão debitadas as despesas cobradas pela empresa contratada pelo banco para proceder à abertura forçada e substituição da fechadura do cofre.
“Os valores apresentados correspondem a valores anuais, no entanto as comissões de aluguer são debitadas semestralmente, ocorrendo o primeiro débito na data de assinatura do contrato”, lê-se no preçário da instituição.
BPI
O BPI disponibiliza o serviço de aluguer de cofres, à semelhança dos grandes players do mercado. A caução de aluguer tem um custo de 130 euros, mais imposto de selo não recuperável pelo cliente quando prescindir do cofre. Os clientes de Private banking estão isentos do pagamento de comissão.
A comissão aplicada pelo BPI tem periodicidade trimestral. Com seis tipologias diferentes, o aluguer mais económico fixa-se em 25 euros, enquanto o montante mais elevado é cobrado aos cofres com 3045 decímetros cúbicos.
Novo Banco
No Novo Banco, o serviço está disponível para clientes particulares e empresariais. O preço varia entre 50 euros de anuidade para cofres com 20 decímetros cúbicos e 250 euros anualmente para dimensões compreendidas entre 181 e 1000 decímetros cúbicos. A estes valores acresce o IVA.
A instituição que herdou os ativos saudáveis do BES cobra uma caução (depósito da chave) de 100 euros – tarifa por operação. “No início do contrato é cobrada uma caução para fazer face à eventualidade da perda da chave por parte do cliente”, explica fonte oficial do Novo Banco.
Não é cobrada qualquer comissão até quatro visitas anuais. No entanto, se pretende abrir o cofre mais do que 10 vezes num ano, o custo será de 10 euros por visita.
Caixa Económica Montepio Geral
O Montepio também exige aos seus clientes uma caução de 100 euros. O prémio anual oscila entre 40 euros para cofres com dimensões inferiores ou iguais a 21 decímetros cúbicos ou 130 euros nos cofres de maior volume (entre 100 e 180 dm3). Aos valores indicados acresce o imposto.
Embora o preçário da Caixa Económica não mencione o montante, o arrombamento do cofre tem uma comissão associada. “Conforme estabelecido no contrato, se por motivo imputável ao cliente, se justificar o arrombamento do cofre ser-lhe-ão debitadas as despesas cobradas pela empresa contratada pelo banco para proceder à abertura forçada e substituição da fechadura do cofre”, explica a CEMG.
Notícia atualizada às 12h30 com informação sobre a dimensão dos cofres