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O grande boom da actividade imobiliária em Portugal dá-se no
final da década de 90, início do século XXI, com a chegada a Portugal das
grandes redes de franchising internacionais. Hoje operam no nosso mercado cerca
de 30 marcas em regime de franchising, sendo que o total das mediadoras
imobiliárias em actividade no nosso país - tradicionais e franchisadas - ronda
as três mil. Era, Remax, Century 21, Laforêt, Veigas, Square, Realstone são
apenas algumas das marcas com maior presença já assegurada. Recentemente, a
Century 21 anunciou a fusão com a Fitamétrica, marca que integrará na sua rede.
O investimento para um franchising deste tipo varia entre um mínimo de 30 mil
euros e um máximo de 75 mil consoante as redes e as operações. A Era, por
exemplo, adaptou o seu conceito às dificuldades actuais de financiamento, o que
designa por Lojas Mais, mas que equivalem a metade do valor do investimento
(cerca de 35 mil euros) e a metade da área de trabalho. Garante, no entanto,
que o nível de rentabilidade é o mesmo e que muitas lojas obtêm o payback em
menos de dois anos. Além do investimento inicial, que inclui direitos de
entrada, os franchisados pagam geralmente uma percentagem das vendas - 7% no
caso da Era e da Laforêt - para royalties e para publicidade (variável). A
comissão de vendas ronda geralmente os 5% (3% no caso dos promotores
imobiliários), num valor mínimo de cinco mil euros, mais IVA. No caso do
arrendamento, as práticas variam, com as agências a cobrar entre uma e duas
rendas de comissão ou 15% da renda anual mais IVA.