
A quebra na procura e nas vendas de jornais e de revistas não é um desafio novo, mas continua a condicionar a saúde financeira dos meios de comunicação social. A expansão da internet empurrou muitos leitores para as edições digitais, atraídos pela gratuitidade dos conteúdos. Contudo, a estratégia que parecia ampliar o potencial do digital para atrair novos leitores e mais receitas, veio a revelar-se insuficiente para garantir a sobrevivência de alguns títulos.
Atualmente, numa época de imediatismo, de partilhas nas redes sociais e de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) abriram-se as portas à desinformação e à proliferação de ‘fake news’ (notícias falsas) o que, a par de uma literacia mediática e digital abaixo da média está a contribuir para uma crescente descredibilização da imprensa e dos seus profissionais. Uma tendência global que, não sendo travada, ameaçará o bom funcionamento e o escrutínio nas democracias.
A abrangência do tema, e os seus múltiplos impactos na sociedade, nas empresas e nas economias, justifica o debate e a procura de soluções. Este é precisamente o objetivo da talk “O futuro da imprensa: acesso, responsabilidade e proteção”, promovida pela Visapress, empresa responsável pela gestão coletiva do direito de autor relativo a quaisquer obras ou conteúdos jornalísticos publicados em jornais e revistas, em parceria com o Dinheiro Vivo.
Como garantir o acesso aos conteúdos que estão cada vez mais fechados? A quem cabe a responsabilidade de promover a alteração de hábitos de consumo e a sensibilização para a necessidade de pagamento por informação de qualidade? Ou, de que forma a lei portuguesa protege os direitos dos criadores intelectuais de informação serão alguns dos temas abordados por um painel de convidados, especialistas no setor da comunicação e da imprensa. Carlos Eugénio, administrador da Visapress, Francisco Rui Cádima, professor catedrático aposentado do Departamento de Ciências da Comunicação da Nova FCSH, e Nuno Artur Silva, fundador da Produções Fictícias são os convidados, numa talk moderada por Bruno Contreiras Mateus, diretor do Dinheiro Vivo.