A PT quer acelerar o difícil turnaround da subsidiária brasileira Oi e captar cruciais sinergias entre as duas empresas com o aprofundamento de sinergias, disse Henrique Granadeiro à Reuters. E Zeinal Bava é a pessoa certa para esta missão.
A PT anunciou hoje a nomeação do CEO da PT, Zeinal Bava, como CEO da Oi, cargo que acumulará com a liderança da PT Portugal, unidade que concentra o negócio doméstico de redes fixas e móveis. Henrique Granadeiro, até aqui chairman, passa a acumular com o cargo de CEO da PT.
"Do ponto de vista da PT, é crítico acelerar o programa de turnaround da Oi através de uma materialização das sinergias entre as empresas, nomeadamente partilhando ainda mais o know-how em muitos dos temas que serão chave para concluir com sucesso esse turnaround da Oi", salientou Henrique Granadeiro.
O chairman recordou que, "como resultado de uma aposta continuada no mercado brasileiro, este representa hoje, através da participação na Oi, 47% das receitas da PT - ou seja, cerca de metade - e a maioria do seu potencial de valorização."
A telecom brasileira, a maior do Brasil, com mais de 60 milhões de clientes, está a fazer uma ambiciosa reestruturação operacional que visa recuperar quota de mercado no mercado móvel, inverter a perda de clientes na rede fixa e entrar em novas áreas, como o pay TV e a Internet em banda larga.
A PT é a principal accionista da Oi, com 23%, enquanto esta tem 10% da operadora portuguesa, abaixo dos 10,07% do maior investidor, o BES.
Granadeiro adiantou que "Zeinal Bava é a pessoa certa para liderar operacionalmente a Oi neste contexto, já que está numa posição privilegiada por ter liderado com sucesso a transformação tecnológica e de mercado da PT nos últimos anos e presidido ao Comité de Engenharia e Redes da Oi", defendeu.
Granadeiro acrescentou, que como CEO da PT Portugal, Zeinal vai focar-se nos projectos estratégicos e de inovação e nos workstreams conjuntos Oi/PT, de modo a atingir os objectivos definidos na parceria estratégica e cristalizar o valor de sinergias.
Questionado sobre uma eventual fusão entre a PT e a Oi que, segundo os analistas, permitiria gerar elevadas sinergias e acelerar o difícil turnaround operacional da Oi, Henrique Granadeiro recusou comentar "rumores".
"A realidade é que temos uma aliança estratégica PT/Oi com participações cruzadas e, uma aliança estratégica que corra bem vai-se aprofundando à medida que as sinergias se evidenciam", disse o chairman e CEO do grupo PT.