Greve de controladores aéreos ganha gás. Agora é na Bélgica

A greve de controladores aéreos em França ainda não terminou e já se avizinha uma nova, desta vez na Bélgica. O anúncio foi feito pela AEA (Associação das companhias aéreas europeias), num comunicado em que condena as paragens dos controladores de voo e impacto que estas têm na vida dos passageiros.
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"Enquanto a greve de um sindicato de controladores aéreos de França continua, os Controladores Aéreos da Bélgica preparam-se para parar desta noite em diante", anunciou a AEA.

No entanto, esta nova greve não deverá ter o mesmo impacto que a francesa está a ter em Portugal. Ao todo, hoje terão sido cancelados 30 voos da Ryanair e TAP. Os da companhia low-cost estão a afectar especialmente o aeroporto Sá Carneiro, no Porto, onde os passageiros se estão a juntar.

Em Lisboa, a paragem está a afectar especialmente a TAP. Mas no total, a companhia aérea portuguesa conta 12 voos de ida e 12 de volta cancelados por causa da greve "e muitos atrasos" que prejudicam "quase todos os passageiros" com voos previstos para estes dias.

No entanto, a TAP não espera o mesmo impacto com esta nova paralisação - mesmo sem conhecer ainda as indicações da nova greve. "Temos estado a acompanhar a greve de controladores de França e agora a indicação da AEA de uma nova greve na Bélgica, mas a este respeito não prevemos grande impacto na TAP", explicou fonte oficial da companhia ao Dinheiro Vivo, acrescentando que o maior transtorno causado pelas greves dos controladores tem que ver com a interdição dos respetivos espaços aéreos, que deixam momentaneamente de estar vigiados.

Para tentar limitar os efeitos deste protesto, a companhia de bandeira está a encaminhar os seus passageiros para hotéis e a avisá-los atempadamente de todos os cancelamentos e atrasos.

Para já, a informação aponta para que a greve dos controladores aéreos franceses se mantenha até ao próximo dia 29 de Junho, tendo impacto nas operações das companhias que voam na Europa. No entanto, não se descarta a possibilidade de vir a ser desconvocada.

Os controladores aéreos estão a contra o espaço aéreo único europeu, uma medida que procura levar para os céus a missão de abertura de fronteiras já existente em terra.

É este comportamento que a AEA condena. "Estes trabalhadores não estão só a atrasar deliberadamente o projeto de Céu Único Europeu, que é essencial para diminuir a pegada ambiental da aviação e aumentar a eficiência e capacidade do sistema de tráfego aéreo, como estão a impor greves injustificadas aos seus clientes. Isto tem de parar imediatamente".

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