A adesão à greve de 24 horas na Rodoviária do Alentejo e na empresa de transportes públicos de Évora (TREVO), que começou às 03:00 de hoje, atingiu os "85%", revelou um dirigente sindical.
"Os dados recolhidos em todos os locais de trabalho apontam para uma adesão de 85%", disse à agência Lusa o coordenador da delegação de Setúbal do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), João Saúde.
Os trabalhadores da Rodoviária do Alentejo e da empresa de transportes públicos de Évora cumprem hoje uma greve de 24 horas contra os "baixos salários" e "atropelos graves ao Acordo de Empresa".
De acordo com o dirigente sindical, a paralisação, que começou às 03:00 de hoje e termina às 03:00 de quinta-feira, está a afetar "todas as ligações às localidades que partem das estações principais" da Rodoviária do Alentejo.
"As carreiras de Portalegre para Nisa, de Évora para Montemor-o-Novo ou as ligações no interior da cidade de Évora" são alguns exemplos dos serviços mais afetados pela greve, segundo o sindicalista.
Já o "serviço Expresso" é o "menos afetado", indicou João Saúde, alegando que a empresa assegura aquele serviço "através de chantagem junto dos trabalhadores".
O coordenador da delegação de Setúbal do STRUP garantiu ainda que "os trabalhadores estão dispostos a continuar a luta, caso a empresa mantenha a sua postura".
"Estão várias formas de luta em cima da mesa, nomeadamente mais uma greve de 24 horas ou a rejeição dos trabalhadores a efetuar trabalho extraordinário nos dias de descanso", disse.
A Rodoviária do Alentejo, da qual faz parte a TREVO, tem cerca de 200 trabalhadores, segundo o dirigente sindical.
A Lusa procurou obter uma reação da administração das empresas sobre a greve, mas as várias tentativas realizadas durante a manhã revelaram-se infrutíferas.