A Coporgest, uma empresa de investimentos imobiliários, comprou dois prédios na Baixa-Chiado, em Lisboa, no valor de 14 milhões de euros, para satisfazer uma pretensão antiga. O projeto que irá resultar destas aquisições já tem destino definido: será um hotel de cinco estrelas, cuja data de abertura é apontada para 2020, anunciou ontem o CEO da Coporgest, Sérgio Ferreira.
À margem da apresentação da SottoMayor Residências, em Lisboa, o empresário adiantou que o primeiro, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, foi comprado à Imopolis, enquanto o imóvel na Rua da Trindade foi alienado num leilão da Segurança Social. O hotel vai dispor de 45 quartos, dos quais 13 serão suítes.
Até lá, segue em várias frentes. Ao todo, a empresa tem um pipeline de sete projetos residenciais na capital, envolvendo 89 milhões de euros. É o caso do Edifício Duques de Bragança, Ivens 30 e Lisbon Chiado Hotel, todos no Chiado, do Liberdade Premium Apartments, na Avenida da Liberdade, do SottoMayor Premium Apartments, no Marquês de Pombal, e do Palácio do Patriarcado, no Campo Mártires da Pátria.
Projeto de luxo na Duque de Loulé
Enquanto se discute o futuro, o projeto mais recente trata-se do SottoMayor Residências. Agora concluído, envolve quatro edifícios, que vão desde o número 86 ao 96 da Duque de Loulé, em Lisboa, adquiridos em 2013, num investimento total de 60 milhões de euros.
Composto por 97 apartamentos, com tipologias que variam entre T0 e T5, 10 deles são explorados em regime de alojamento local (AL) pela Lisbon Best Apartments (LBA), uma unidade de negócio da Coporgest.
A abertura decorreu em setembro, mantendo-se com uma taxa de ocupação de 93%, segundo Sérgio Ferreira. Estes 10 apartamentos juntam-se aos 44 já detidos em cinco outros edifícios da empresa, em Lisboa.
Alojamento local gera milhões
Criada em 2014, a LBA integra o Chiado Trindade Apartments, o São Bento Best Apartments, o Chiado Mercy Apartments, o Chiado Square Apartments, o Chiado Camões Apartments, e o Marquês Best Apartments. A empresa fechou o ano passado com receitas totais de 1,86 milhões de euros e, em 2018, estima alcançar os 2,6 milhões de euros.
Dos três edifícios virados para a Avenida Duque de Loulé, restam sete por vender. Sérgio Ferreira diz que "o valor das vendas brutas deverá rondar os 70 milhões de euros", com os brasileiros e turcos a liderar o top de compradores, enquanto os portugueses representam uma quota de 10%.
A empreitada coube à HCI Construções, enquanto a Fine & Country trata da comercialização dos apartamentos.
A promotora imobiliária fechou o ano de 2017 com um volume de negócios de 10,7 milhões de euros e as estimativas do CEO da Coporgest para este ano mantém-se otimistas. Sérgio Ferreira conta arrecadar 62 milhões de euros.
Até à data, a empresa fundada em 2004 tem concluídos 14 projetos: SottoMayor Residências, Chiado 12, Chiado 6, Misericórdia 116, Camões 40, Garrett 29, Rua Nova da Trindade 6, Trindade Coelho 9 e Trindade Coelho 14, Casa do Arco, São Bento 167, São Bento 56, Palácio Condes de Murça e Casas do Mar.