O Grupo RAR justifica a alienação de um ativo há mais de 40 anos do grupo como estando inserida num "contexto de avaliação e realocação dos ativos do Grupo".
Em maio, o Grupo RAR comprou a totalidade da brasileira Colep, líder das indústrias de embalagens e contract manufacturing de produtos de consumo, envolvendo ativos na ordem dos 300 milhões de reais (cerca de 100 milhões de euros), com três unidades industriais no Brasil e uma no México. O Grupo RAR anunciou ainda a venda da sua posição na GeoStar, passando a Sonae a ser a única acionista da operadora turística com 37 lojas, uma operação na Internet, dois Business Travel Centers (Lisboa e no Porto) e um escritório em Madrid.
Agora anuncia a alienação da Imperial. "O fundo Vallis Sustainable Investments concretizou uma proposta de compra da Imperial que o Grupo RAR decidiu aceitar, ao fim de mais de 40 anos de detenção da empresa no seu portefólio", informa o Grupo RAR em comunicado.
A conclusão desta operação de venda ficará pendente da necessária aprovação da Autoridade da Concorrência.
Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel e Allegro são algumas das marcas detidas pela Imperial, o maior produtor de chocolates português. Liderada por Manuela Tavares de Sousa a Imperial anunciou em 2013 a entrada no segmento das gomas, a primeira vez que entraram num segmento fora do chocolate desde a fundação da empresa em 1932, com um acordo de colocação de produto em 300 supermercados na Índia.
A Imperial tem um volume de negócios de 27 milhões de euros, exportando um quinto das suas vendas para 45 países. Até ao final do ano passado tinha 179 trabalhadores.
O ano passado o Grupo RAR teve um volume de negócios de 976 milhões de euros e resultados líquidos de 2,5 milhões, segudo o relatório e contas divulgado pelo grupo. Vitacress (produtos frescos), RAR Imobiliária e RAR Açúcar são alguns dos ativos do grupo que tem operação em em Portugal, Alemanha, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Espanha, México, Polónia e Reino Unido. Tem mais de seis mil colaboradores.