Heritage Wines prevê fechar o ano com vendas de 5,8 milhões

A Heritage Wines, empresa do grupo The Fladgate Partnership especializada na distribuição de vinhos no segmento premium e super premium, conta fechar o ano com uma faturação da ordem dos 5,8 milhões de euros, ou seja, mais 15% do que em 2013. Prevê, ainda, ultrapassar o patamar de um milhão de garrafas vendidas. Já para 2015, a intenção é melhorar a prestação de serviços junto do consumidor, alargando a equipa de vendedores.
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"Estamos muito satisfeitos. O ano está a correr muito bem e estamos com um crescimento de 15% num universo tradicionalmente perspetivado como um mercado complicado [o mercado interno], mas não temos razões de queixa. E o que é mais interessante é que esse crescimento não está a ser construído à custa de uma só região, mas de um equilíbrio muito grande entre os vários tipos de distribuição e as diversas regiões", explicou ao Dinheiro Vivo o diretor geral da empresa.

Além da Croft, Fonseca e Taylor's, marcas que integram o portfólio da casa-mãe, a The Fladgate Partnership, a Heritage é, ainda, responsável pela distribuição dos vinhos da Quinta do Crasto, Romariz, Herdade do Mouchão e Espumantes Vértice, em termos de produtores nacionais, e das Bodegas Roda, Maison Louis Jadot, E.Guigal e os champagnes Ayala e Bollinger, no que aos produtores internacionais diz respeito. Conta, ainda, com os azeites premium da Quinta do Crasto, Monte do Mouchão, Quinta de Vargellas (Taylor's) e Quinta de Santo António (Fonseca) e os chocolates Brix, o primeiro chocolate para vinho comercializado em Portugal.

Com uma quota de mercado de 20%, a Heritage tem por meta "reforçar" a

sua liderança no segmento premium e super premium, ultrapassando os 30%. Mas esse é um objetivo que não está balizado no tempo. Pelo menos, no imediato. "Queremos ultrapassar a quota de 30%, mas não necessariamente para o ano ou daqui a dois anos. Estas coisas devem ser feitas de forma equilibrada, assentes numa estratégia simples e em mercados-alvo claramente identificados. Queremos que o crescimento seja orgânico e não pela integração de novas marcas", afirma Luís Sequeira. O que não significa que não possam vir a integrar novos produtores no seu portfólio de produtos. "Mas não estamos ativamente à procura", afiança.

Apesar da crise e do menor consumo em geral dos portugueses, a Heritage Wines garante não ter sido afetada por essas alterações do mercado. "Em tempo de crise, o consumo é menor, mas o consumidor prefere manter-se em porto seguro. Escolhe marcas que conhece e lhe dão garantia de qualidade. E, por isso, o segmento de premium e super premium não sente tanto a redução do consumo", explica.

E porque a tradição já não é o que era, até o Natal já não tem o mesmo peso no negócio dos vinhos. "Os últimos dois meses do ano deverão atualmente valer 30 a 35% das vendas quando, no passado, chegaram a pesar mais de 50%. A verdade é que hoje se tenta distribuir o lançamento dos vinhos mais raros e mais icónicos ao longo de todo o ano, e isso acaba por evitar alguma concentração do volume de vendas no Natal", sustenta.

Para 2015, a intenção passa por reforçar a equipa de vendedores, hoje

composta por 14 pessoas, com mais dois ou três elementos. "Sentimos a necessidade de melhorar a nossa prestação de serviços, uma área cada vez mais exigente", sublinha Luís Sequeira.

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