Hospitais CUF recuam na suspensão de convenções com ADSE

José Mello Saúde mostra-se confiante num acordo com a ADSE e na entrada em vigor de novas tabelas de preços até junho.
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O grupo José Mello Saúde recua na intenção de suspender com a ADSE a adesão ao regime de preços convencionado deste subsistema de saúde. A informação é avançada pelo Expresso, que cita um comunicado interno do grupo segundo o qual é decidido "interromper a suspensão da convenção com a ADSE - Instituto Público de Gestão Participada, comunicada no passado dia 11 de fevereiro".

O comunicado, assinado pelo presidente da José Mello, Salvador Mello, informa que será retomada a marcação de consultas para o período posterior a 12 de abril e manifesta confiança nas negociações iniciadas com o conselho diretivo da ADSE com vista a chegar a uma nova tabela de preços.

Segundo o documento citado pelo Expresso, “apesar das diferenças que ainda separam ambas as entidades, a José de Mello Saúde reconhece o empenho que o Conselho Diretivo da ADSE e as suas tutelas têm colocado no progresso destas conversações”.

No comunicado, é referido que a "ADSE confirmou que irá apresentar, ainda durante o mês de março, uma proposta de nova tabela para entrar em vigor até ao final de junho, removendo a imprevisibilidade e eliminando a regra das regularizações”. A decisão de manter convenções agora conhecida "assenta na fundada expectativa de que a nova tabela entre em vigor no curto prazo”.

A negociação das novas tabelas iniciada pela direção da ADSE sob mandato do Ministério da Saúde pretende estipular preços máximos para todos os itens faturados pelos operadores privados no regime convencionado e, segundo Sofia Portela, presidente da direção do subsistema de saúde dos funcionários públicos, deverão pôr fim à regra de regularizações que permitem o reembolso de preços em desvio.

Em dezembro, recorde-se, a ADSE exigiu 38,8 milhões de euros aos prestadores de saúde do regime convencionado por entender que estes foram faturados em excesso nos anos de 2015 e 2016. A medida levou a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) para os tribunais a contestar a medida, e desencadeou as ameaças de suspensão de convenções por parte da José Mello Saúde e da Luz Saúde. O grupo Lusíadas informou também estar a ponderar romper os acordos.

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