Housers. Portugueses já apostaram dois milhões no financiamento de imóveis

Plataforma espanhola de crowdfunding chegou há um ano a Portugal
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Nos últimos 12 meses, foram mais de mil os portugueses que decidiram aplicar poupanças na Housers.

A plataforma espanhola divulgou esta terça-feira o balanço do primeiro ano de funcionamento em Portugal: mais de dois milhões de euros angariados para financiar a compra de imóveis.

No comunicado que fez chegar às redações, a Housers revela ainda que o valor médio investido pelos portugueses oscilou entre dois mil e 2200 euros. O típico investidor português na plataforma de crowdfunding tem entre 25 e 44 anos e vive em cidades como Lisboa, Porto, Setúbal, Braga e Aveiro. O montante mínimo para entrar na Housers são 50 euros.

No passado ano, a plataforma que em Portugal é liderada por João Távora financiou cinco projetos em Lisboa e no Porto. Na capital, a Housers captou investimento para quatro edifícios, destinados a arrendamento ou venda de casas.

Já o projeto no Porto prevê a construção de um imóvel. No total, o investimento em solo nacional foi de 1,163 milhões de euros, com 79% deste valor a vir do estrangeiro.

O valor restante, que perfaz os dois milhões de euros, foi captado para os projetos que a Housers tem em Espanha e Itália.

“O sucesso dos projetos é também comprovado pelo facto de conseguirmos superar o valor de mercado. O primeiro projeto a ser financiando em Portugal, localizado em Campo de Ourique, já está em fase de arrendamento e conseguiu atrair uma renda superior ao esperado", afirma João Távora na nota.

O responsável sublinha que no próximo ano o objetivo da empresa é aumentar a base de promotores em Portugal e lançar mais projetos "com rentabilidades atrativas para os nossos investidores”.

A Housers tem mais de 90 mil utilizadores em mundo e já captou cerca de 65 milhões de euros. Desde 2016 distribuiu mais de 15 milhões de euros, entre devolução de capital e juros.

Tratando-se de uma plataforma de crowdfunding, o retorno não é garantido, como sublinhou João Távora numa entrevista que deu ao Dinheiro Vivo em agosto.

“Avisamos que o capital não é garantido e que pode haver perdas. Mas perder tudo é muito difícil, nenhum dos nossos projetos entrou em default até agora. Claro que as coisas podem correr mal, mas isso é o risco de qualquer investimento imobiliário, não é só no crowdfunding. Quem não quer assumir riscos não investe em crowdfunding, prefere um depósito a prazo que paga 0,2% ao ano ou um certificado de aforro. Quanto maior o risco, maior será a rentabilidade”.

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