Imaginary Cloud. Trazer para a realidade as ideias que outros pensaram

São fazedores que ajudam fazedores. A equipa de Tiago Franco desenvolve produtos digitais vitais para o sucesso de startups
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Em 2010, Tiago Franco viu-se numa situação que classifica de “frustração muito grande”. Engenheiro informático, a trabalhar na Agência Espacial Europeia no programa Galileo, teve três grandes computadores como responsáveis pela sua epifania.

“Nestas agências as aprovações demoram muito tempo. Para um projeto específico com outros dois parceiros, compraram-se as máquinas e o software, em processos longos, e, quando tudo ficou instalado, o informático que as ia usar percebeu que não estavam interligadas, o que ia dificultar o trabalho. Tudo teria sido mais fácil se tivessem pedido a opinião dele”, recorda Tiago, explicando que a maioria das empresas, quando está a vender um produto, se esquece que esse produto não vai ser utilizado pelo cliente em si, mas por um outro terceiro elemento, que não é tido em conta no processo. “Despedi-me e no dia a seguir fundei a Imaginary Cloud.”

Trazer do imaginário para o real. “O que nós fazemos é ajudar as pessoas a pegar nas ideias e desejos e materializamos isso”. É daí que vem o nome. A startup portuguesa desenvolve produtos digitais tendo sempre em conta o utilizador final. A primeira contração da equipa foi um engenheiro de software e a segunda um designer.

Contudo, não foi no mercado nacional que apostaram. A Imaginary Cloud focou-se, desde o início, nos Estados Unidos, desenvolvendo produtos para startups norte-americanas. Atualmente, e passados cinco anos, já atua em vários países, com escritórios em Coimbra, Lisboa e Londres, conta com 20 funcionários e tem como clientes empresas como a Nokia, a Hole19 , a Remax e os CTT.

Nunca precisaram de investimento externo porque sempre tiveram procura. “Todo o nosso crescimento foi orgânico. Veio do primeiro cliente o primeiro dólar que tivemos na conta e foi a partir daí que fomos construindo o conceito”, conta o CEO.

O grande crescimento da Imaginary Cloud verificou-se em 2015, onde a faturação chegou à ordem de pouco mais de um milhão de euros, pretendendo em 2017 estar novamente acima do valor de um milhão.

“Vai ser um ano de consolidação porque estamos a ganhar clientes em geografias novas, como por exemplo Dublin. Sempre apostámos forte em Londres, mantemos a mesma estratégia, mas por uma questão de precaução, por causa do brexit, estamos também a explorar e a olhar com mais atenção para a Irlanda, para não correr muitos riscos”, assume o fazedor.

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