O licenciamento de edifícios caiu 10,4% em Portugal no segundo trimestre, face ao período homólogo do ano passado, enquanto os edifícios concluídos aumentaram 9,4%, revelam dados do INE hoje divulgados.Até Junho foram licenciados 6,4 mil edifícios, mantendo-se a tendência descendente no licenciamento de obras verificada nos trimestres anteriores, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).Ao nível das obras concluídas, que ascenderam a 8,9 mil edifícios no segundo trimestre, o INE registou uma recuperação, que diz "indiciar uma maior concentração da actividade da construção na conclusão das obras em curso". Do total de edifícios licenciados entre Abril e Junho, 62,6% foram construções novas e, destas, 73,3% destinam-se a habitação familiar. O número de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar caiu 22,3% no segundo trimestre, enquanto os fogos concluídos aumentaram 2,8%.Em relação aos primeiros três meses do ano, o INE revela que o número de construções novas licenciadas caiu 9,3% e as construções novas concluídas diminuíram 3,4%. O número total de edifícios licenciados entre Abril e Junho caiu 10,4% em relação aos mesmos meses do ano passado, registando apenas a região dos Açores uma variação positiva de 8,4%. Todas as restantes regiões registaram quebras anuais no número de edifícios licenciados, com destaque para as regiões do Algarve (menos 25,3%) e da Madeira (menos 19,5%).O número de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar apenas apresentou uma variação anual positiva na região dos Açores, de mais 3,1%, enquanto em todas as restantes regiões hou quebras, com destaque para o Algarve (caiu 46%) e a Madeira (menos 38,3%). As regiões do Norte e do Centro foram responsáveis por 65,6% dos edifícios licenciados no segundo trimestre e por 65,1% do total de fogos licenciados no país, representando a região de Lisboa 12,9% do total edifícios licenciados do país, correspondentes a 17,2% do número total de fogos licenciados. O número médio de fogos por edifício, em construções novas para habitação familiar, foi de 2 na região de Lisboa e de 1,9 na região do Algarve, valores superiores à média do país que se situa em 1,5 fogos. Os edifícios concluídos em construções novas para habitação familiar aumentaram 7,7%, sendo a região Centro a que registou o maior aumento (mais 14,7%), enquanto as regiões de Lisboa e do Algarve tiveram as maiores quedas (de 11,7% e 1,5%, respectivamente).Do total de edifícios concluídos no segundo trimestre cerca de 69,8% localizavam-se nas regiões do Norte e Centro, correspondendo-lhes quase 60% do total de fogos concluídos no país. Nas regiões da Madeira, do Algarve e de Lisboa, a importância das construções novas destinadas à habitação familiar, representou 89,5%, 87,9% e 87,6%, respectivamente do total das construções novas, face a 81,8% para o conjunto do país.Em comparação com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados registou uma descida de 1,9%, enquanto nos edifícios concluídos se registam uma quebra de 2,4%.