As estrelas que classificam as comodidades associadas a um determinado estabelecimento hoteleiro deixaram de ser regra em 2014, no entanto "não houve nenhum pedido de destituição", explica Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
A perda das estrelas aconteceu na última legislatura, altura em que se abriu a possibilidade de os hotéis deixarem de exibir esta classificação atribuída pelo Turismo de Portugal. No entanto, dois anos depois, e numa altura em que o setor aguarda com expectativa o regresso desta obrigação, percebe-se que a mudança afinal não se fez sentir no mundo hoteleiro.
"Na opinião da AHP não deve haver hotéis sem classificação", afirmou a presidente executiva da associação, tecendo algumas críticas a sites de reserva online onde a fiscalização das classificações não existe levando a "situações de estabelecimentos que não podendo usar classificação de hotel utilizam".
A AHP espera que a classificação hoteleira volte a ser obrigatória ainda este ano, como prometido pela equipa de Manuel Caldeira Cabral, e aguarda com expectativa o novo "pacote legislativo" que a secretária de Estado do Turismo Ana Mendes Godinho deverá pôr em prática.
Mas como funcionam as estrelas?
Para se ser hotel é preciso que haja uma casa de banho privativa e, à medida qeu as comodidades vão aumentando, as estrelas vão subindo. Um hotel de 1 estrela tem de cumprir 27 requisitos, entre eles ter um elevador quando existem mais de 3 pisos, climatização, e áreas comuns mobiladas.
Um hotel de 5 estrelas já tem de cumprir 53 requisitos sendo que cada um deles vale pontos e, quanto mais pontos melhor. Entre os requisitos estão, por exemplo, a existência de um cofre dentro do quarto ou de chinelos e roupão para os clientes.
As estrelas são atribuídas pelo Turismo de Portugal e periodicamente fiscalizadas pela ASAE a cada cinco anos.
*Em Ponta Delgada, a convite da AHP