Liga norte-americana entra no mapa do futebol

Edição de 2022 da MLS foi a mais assistida nos estádios, a mais comentada nas redes sociais e a mais lucrativa em <em>merchandising</em> de sempre. Sim, o futebol chegou aos EUA. Finalmente
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Mais de dez milhões de norte-americanos - um Portugal inteiro - assistiu in loco a jogos da Liga norte-americana de futebol, a MLS, ao longo de 2022. Esta edição do campeonato local, que termina no próximo sábado, bateu ainda o recorde de interações nas redes sociais, de audiência nos canais Disney e de lucros de merchandising.

Desde que o Philadephia FC ganhou, há 100 anos, a primeira liga profissional americana, depois da mediática experiência com o Cosmos, de Pelé, nos anos 70, e após 27 edições do atual formato do torneio, o futebol de elite desembarcou de vez nos States.

O vice-presidente da MLS, David Bruce, atribuiu o sucesso a um conjunto de fatores, em entrevista à revista Forbes. A qualificação dos dois países, EUA e Canadá, que compõem a liga - como nos outros desportos norte-americanos, há equipas canadianas integradas à competição - para o Mundial do Qatar ajudou.

O sucesso crescente de jogadores dos dois países na Europa (Pulisic, no Chelsea, McKennie, na Juventus, Reyna, no Dortmund, pelo Team USA, e Alphonso Davies, no Bayern, Jonathan David, no Lille, ou Eustáquio, no FC Porto, pelos Les Rouges) também.

Assim como o inverso: consagrados como Gareth Bale ou Lorenzo Insigne chegaram à MLS, bem como Hector Herrera e Chicharito Hernández, duas estrelas do México, país louco por "fútbol".

E o México, segundo Bruce, é a principal chave do sucesso. A criação de competições entre clubes da MLS e clubes da liga do país centro-americano, a explorarem a rivalidade entre os vizinhos, foi um êxito. E a evolução demográfica norte-americana, com estimativas de que um em cada três habitantes do país fale castelhano até 2050, também contribui para o desenvolvimento do futebol Made in USA.

O futuro, aliás, conspira a favor do futebol nos EUA: a média de idades dos seus adeptos é 36 anos, bem abaixo da média dos fãs de basebol, futebol americano, basquetebol ou hóquei no gelo.

Para concluir, não nos esqueçamos que, depois do Qatar, serão EUA, México e Canadá os próximos anfitriões do Mundial da FIFA.

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