Maserati voltou a Portugal e vendeu 4 carros num mês

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A entrada da Maserati em Portugal aconteceu em Março e, num mês, a marca de desportivos de luxo já conseguiu vender quatro unidades. O objetivo é atingir a marca de venda de 30 automóveis em 2015.

O Grupo F.Pimenta, desde há muito ligado a vários sectores económicos mas também ao universo do automóvel, é o importador da Maserati em Portugal, desde o mês passado, através da Tridente Portugal, entidade liderada pelo empresário Paulo Pimenta, já responsável por marcas como a Jaguar, Land Rover, Aston Martin e Lotus. Além de ter ainda importantes concessionários de marcas como a Chrysler, Jeep, Abarth, Lancia e Alfa Romeo.

Com modelos que começam nos 90 mil euros e que podem ultrapassar os 200 mil euros, a venda de quatro unidades em tão pouco tempo é positiva para a marca, sobretudo quando atua num mercado de nicho e num país pequeno como é Portugal.

Segundo o diretor da Tridente, o que justifica esta evolução é "a nova dinâmica da marca, introdução da motorização a diesel nos modelos Quattroporte e Ghibli, a nova estratégia de crescimento do volume de vendas a nível global, a nova fábrica e ter conseguido o importador certo em Portugal". Além disso, também "o lançamento, em 2015, de um SUV: o Levante", acrescentou João Esteves, em declarações ao Dinheiro Vivo.

Com um plano ambicioso de crescimento na Europa, "em Portugal esperamos que a Maserati seja colocada de novo na shopping list [lista de compras] dos clientes de luxo/ super desportivos", afirmou João Esteves. Desta forma, a marca pretende atingir, a nível nacional, "as 25/30 vendas já em 2015", revelou o diretor da Tridente Portugal.

Questionado sobre quais os objetivos de venda na Europa, João Esteves afirmou que a "Maserati tem como objetivo vender, em 2016, 50 mil carros. Assim, existe um plano claro que crescimento com a inauguração de uma nova fábrica (já em funcionamento desde metade de 2013), o lançamento de novos modelos (SUV e pequeno desportivo) e o aumento de capacidade de produção".

Um dos modelos confirmados para vir a fazer parte da linha de produção é o Alfieri, protótipo que foi exibido no Salão de Genebra, em março, criado para comemorar o centenário da marca. "Será mais pequeno do que o GranTurismo e GranCabrio, modelos que vamos continuar a comercializar mesmo com o lançamento do Alfieri", acrescentou João Esteves.

A hipótese já tinha sido avançada pela imprensa internacional depois das vendas antecipadas da marca italiana terem quase triplicado em relação às entregas do ano passado.

No ano do seu centenário, a Maserati é um empresa que goza de boa saúde. Um ambicioso plano, que arrancou em 2013, com a apresentação dos modelos Quattroporte e Ghibli, tem vindo a tornar o o fabricante italiano num dos protagonistas do segmento dos automóveis desportivos Premium. Em apenas um ano, de 2012 a 2013, as vendas aumentaram 150%, de 2600 para 15 400 viaturas. E tudo aponta para que o crescimento se mantenha.

Recentemente, o gestor da Maserati, Harald Wester, revelou numa entrevista que a marca italiana estava a receber uma média de 3500 encomendas mensais. O que significa 42 mil carros em 2014, um valor que quando comparado com os 15.400 automóveis entregues no ano passado representa um aumento de 172%, ou seja, quase o triplo, adianta a Bloomberg.

Sergio Marchionne, CEO da casa-mãe Fiat SpA, está decidido a alterar o foco da empresa de modelos de massa para a Europa passando para automóveis de luxo mais rentáveis, tirando assim partido da elevada procura que levou ao recorde de vendas da BMW, Audi e Mercedes.

Os resultados desta mudança poderão verificar-se já este ano em que tudo aponta para que a Maserati gere resultados suficientes para anular as perdas das operações mass market na Europa.

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