Ministro das Infraestruturas deseja terceira ponte sobre o Tejo mas ainda não há financiamento

PNI 2030 vai incluir estudo de viabilidade técnica e económica para a terceira travessia, ferroviária, sobre o rio Tejo em Lisboa, ao contrário do que estava previsto na primeira versão.
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Vai voltar a ser estudada a terceira ponte sobre o Tejo na zona de Lisboa. O Programa Nacional de Investimentos para 2030 (PNI 2030) vai incluir um estudo de viabilidade técnica e económica sobre esta travessia ferroviária, adiantou esta terça-feira, no Parlamento, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

"Não tenho dúvidas nenhumas de que a terceira ponte [sobre o Tejo] é estrutural para a rede ferroviária", respondeu o ministro ao deputado do PCP, Bruno Dias, durante a audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

Pedro Nuno Santos deseja que esta ponte seja construída, embora ainda não haja financiamento garantido. Ainda assim, o ministro lembra que esta infraestrutura permitiria encurtar, "em 45 minutos", a ligação ferroviária entre Lisboa e o Algarve e também a deslocação para Espanha.

Atualmente, são necessárias pelo menos 3 horas e 9 minutos para fazer uma viagem de comboio entre Lisboa-Oriente e a estação de Faro.

A versão inicial do PNI 2030, apresentada em janeiro de 2019, não continha qualquer estudo relativamente à terceira ponte. Mas nos últimos meses tem voltado o debate sobre esta travessia. Na semana passada, a presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, Natércia Cabral, chamou a atenção para a necessidade desta ligação na rede ferroviária nacional.

Em março de 2009, o Governo de José Sócrates lançou o projeto da ponte Chelas-Barreiro, que seria exclusivamente ferroviária e que faria parte do troço de alta velocidade Lisboa-Poceirão. Em maio de 2010, este projeto foi cancelado por necessidade de redução dos grandes investimentos públicos. Neste mês, também foi cancelado o projeto para o futuro aeroporto de Alcochete.

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