Lisboa está em constante transformação e os últimos anos têm dado espaço para fazer crescer zonas que durante muito tempo foram puramente industriais. Mas a herança estética deixada pelas fábricas e armazéns fez renascer zonas como Marvila e Braço de Prata e atraiu vários novos residentes, de diversas nacionalidades, e a comunidade artística.
Mas o que torna estas zonas da cidade em "pontos quentes" para investimento?
O imobiliário na freguesia de Marvila tem vindo a valorizar nos últimos anos, um crescimento claro perante a evolução dos preços por metro quadrado (m2) naquela área.
De acordo com os dados do Relatório de evolução de preços de casas para venda do Idealista, há cinco anos, terminado o mês de fevereiro de 2018, o preço por m2 em Marvila era de 2185 euros. Já em fevereiro de 2023, o valor chega aos 4377 euros por metro quadrado, mais 16,5% face a janeiro deste ano e mais 17,9% face ao período homólogo do ano passado.
O bairro do Braço de Prata é o principal "ponto quente" de Marvila e, além do Parque das Nações, é a única outra zona da cidade que permite estar junto ao Tejo sem qualquer separação por estradas ou linhas férreas.
A valorização do Braço de Prata prende-se também com o facto de Marvila ser uma das zonas com mais espaço para desenvolvimento urbano e a que tem mais áreas verdes, além de ser o local onde será construído o novo hospital oriental de Lisboa. A distância de apenas alguns minutos do aeroporto e da Gare do Oriente também constituem fatores de valorização para os investimentos imobiliários.
A freguesia do Beato também tem registado grande crescimento e a zona é cada vez mais valorizada. Segundo o mesmo Relatório de evolução de preços de casas para venda do Idealista, há cinco anos o preço do metro quadrado era de 2566 euros, mas em fevereiro de 2023 já ascendia aos 4123 euros por m2, mais 30,3% do que no mesmo mês de 2022.
A crescente atratividade para investimentos imobiliários nesta zona da cidade é potenciada pelo Hub Criativo do Beato, iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, que além de dinamizar a freguesia é também a casa da Fábrica de Unicórnios.
As extensas áreas verdes de que o Beato beneficia, como o Parque Ribeirinho Oriente, inaugurado em 2020 pelo município, cuja área chegará aos oito hectares e a uma extensão de 1,5 quilómetros percorridos à beira-rio até à Marina do Parque das Nações.
Combinadas estas zonas de Lisboa em exponencial crescimento e valorização, encontramos uma área de Lisboa que ainda tem muito potencial para novos investimentos imobiliários.
Daqui para a frente, estas serão as áreas em que o amanhã será sempre melhor que hoje e em que a valorização do espaço público é constante.
O vídeo neste artigo é produzido pelo consultor imobiliário José Cabral, especialista no mercado residencial da Grande Lisboa e autor do blogue A House in Lisbon, que pode ser seguido também nas redes sociais Instagram, Facebook, LinkedIn e TikTok.
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