Mont'Alegre. Vinho, turismo e fumeiro em projeto familiar

Mont"Alegre é a nova marca de vinhos de montanha assinada por Francisco Gonçalves. O ex-diretor de enologia dos vinhos DOC do grupo Sogevinus, projeto a que esteve ligado durante mais de uma década, acredita que é o momento de regressar às origens, e aposta numa renovada abordagem às colheitas da região de Trás-os-Montes, com o estágio e o envelhecimento dos vinhos na vila de Montalegre como fator de diferenciação. Uma nova aposta que se assume como uma mais-valia no mais recente negócio da família, o turismo de habitação, sob a insígnia Casa da Avó Chiquinha. Um espaço que oferece a gastronomia tradicional transmontana, o bom fumeiro e os vinhos como forma de atrair clientes, também, no inverno.
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Mas Francisco Gonçalves pretende crescer a uma média de 15 a 20% ao ano. O ideal, asume, seria atingir as 250 mil garrafas no espaço de cinco anos. Além de Portugal, onde os vinhos serão distribuídos na hotelaria, restauração e lojas da especialidade, os vinhos Mont"Alegre estarão, em breve, disponiveis, também, na Suiça, Luxemburgo, Bélgica, França, Angola, EUA e Brasil.

Produzidos em Sendim, Miranda do Douro, onde Francisco Gonçalves tem acordos com vários produtores para a compra de uvas, os vinhos estagiam em barrica e em garrafa em Montalegre, terra natal do enólogo, e que, com as suas baixas pressões atmosféricas e temperaturas mais amenas, permite "uma evolução mais lenta do estágio e concede mais profundidade aos vinhos, dotando-os de frescura, equilíbrio e elegância". O passo seguinte poderá passar, no espaço de três a quatro anos, pela aquisição de uma parcela de vinha própria, em Sendim. Mais tarde ou mais cedo, Francisco Gonçalves assume que terá de investir numa adega. Para já, vai alugando.

Francisco é o rosto dos vinhos Mont"Alegre. Paulo, seu irmão e sócio, é o responsável pelo projeto de turismo de habitação da família, a Casa da Avó Chiquinha, em honra da matriarca da família.

"O turismo é parte integrante de Montalegre e este projeto surge numa lógica de complementaridade com outros negócios que já temos na família, como o rent-a-car e o kartódromo. Escolhemos este nome porque lhe quisemos dar, precisamente, este toque de cariz familiar", explica Paulo Gonçalves. O investimento, de 400 mil euros, foi apoiado por fundos comunitários e assim nasceu uma nova unidade de turismo de habitação, em pleno Parque Naciponal da Peneda Gerês, com vista privilegiada para o vale do Cávado.

Com nove quartos cuidadosamente preparados para receber cada hóspede "como se fosse da família" ou para receber famílias que "querem sentir-se em casa", piscina exterior com vistas para o vale e um barbecue que permite a preparação de refeições durante o verão, a Casa da Avó Chiquinha pode ser alugada na totalidade ou por quarto. A unidade tem a cozinha certificada e o plano de negócios prevê o lançamento, em breve, do fumeiro Casa da Avó Chiquinha.

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