"António de Almeida dedicou boa parte da sua vida à EDP: foi presidente executivo da empresa, do Conselho Geral e de Supervisão e, finalmente da Fundação EDP. Em todos estes cargos deixou uma marca de exigência, frontalidade e rigor. Tinha um espírito analítico, uma inteligência sibilina e um sentido de humor único e particularmente incisivo. Até ao fim, apesar da luta constante que travou com a doença, trabalhou incansavelmente, desafiando-nos sempre a pensar nas melhores escolha para a Fundação EDP", descreve Miguel Coutinho, administrador e director executivo da Fundação EDP, numa nota de pesar.
Nascido em 1937 e licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, foi presidente da EDP entre 1996 e 1998. Esteve ainda ligado à elétrica como presidente do conselho geral e de supervisão entre 2006 e 2012, altua em que passou a assumir funções na Fundação EDP.
A sua carreira, muito ligada às finanças levou-o em 1974 a liderar o Banco de Angola e funções não executivas do The Bank of Lisbon and South Africa. Entre 1978 e 1980 e, depois mais tarde entre 1983 e 1995, assumiu o cargo de secretário de Estado do Tesouro.
Ainda foi presidente da União de Bancos Portugueses e consultor do Banco de Portugal.
A sua experiência na área financeira e da gestão conduziu-o ainda à academia onde foi professor convidado da Faculdade de Economia da Universidade de Lourenço Marques e da Universidade Autónoma de Lisboa. Foi também presidente do Conselho de Escola do ISEG.
"Dele se pode dizer que viveu uma vida plena. E que não deixou nada por dizer", recorda Miguel Coutinho.