Morreu Ermelinda Freitas (1931-2012)

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A mulher nascida e criada nas Terras do Sado e que fez nos últimos

anos, com a sua única filha, Leonor, a referência que a Casa Ermelinda

Freitas é hoje, morreu ontem aos 81 anos, na sua casa, em Fernando Pó.

O corpo está hoje, a partir das 8h, na capela de Poceirão e a missa de

corpo presente realiza-se às 17h, seguindo o funeral para o cemitério de

Poceirão.

Ermelinda Freitas era uma das principais produtoras e engarrafadora em Fernando Pó, freguesia de Marateca, concelho de Palmela.

A empresa foi criada em 1920 por Deonilde Freitas, que teve a

continuação de Germana Freitas e mais tarde de Ermelinda Freitas, que

"sempre dedicou especial atenção ao vinho", define a empresa.

Foi por causa da morte precoce do marido, Manuel João de Freitas, que

Ermelinda deu continuidade à empresa com colaboração da sua única filha,

Leonor. Apesar de ter formação fora da área vitivinícola, Leonor tomou a

liderança da empresa, reforçando assim a presença feminina na sua

gestão.

"Desde a primeira geração que esta casa aposta na qualidade das vinhas e

dos vinhos, que inicialmente eram produzidos e vendidos a granel sem

marca própria. Foi com a atual gestão que se deu a grande mudança de se

criar marcas próprias", define a empresa.

Em 1997 Ermelinda Freiras iniciou o engarrafamento de parte da sua

produção com marca própria. Desde então a Casa Ermelinda Freitas tem

ganho vários prémios nos concursos mais prestigiados pelo mundo com

marcas como Terras do Pó, Dona Ermelinda e Quinta da Mimosa. E ainda o

conceituado prémio de melhor tinto do mundo no concurso Vinailes

Internacionales com o nosso Syrah 2005.

Tendo como referência, a mãe, Leonor,viu o seu trabalho ser reconhecido,

pelo Presidente da República, ao receber a 10 de junho de 2009 a

comenda de Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial Classe do

Mérito Agrícola Comendador.

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