Moviflor declarada insolvente

Moviflor já mudou de nome, fechou lojas, incorreu num Plano Especial de Revitalização, foi investigada pelo Ministério Público e hoje é declarada insolvente pelo Tribunal da Comarca de Lisboa. Os credores têm agora 30 dias para reclamação de créditos e a primeira assembleia está marcada para 7 de janeiro.
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A empresa fundada por Catarina Remigídio há mais de 40 anos já foi alvo de oito pedidos

de insolvência este ano, formulados por antigos trabalhadores e

fornecedores.

Os primeiros pedidos de insolvência registaram-se em agosto deste ano quando, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços

(CESP), os trabalhadores ainda tinham em atraso os

salários de maio, bem como subsídios e indemnizações.

O fecho "temporário" das lojas da Moviflor a partir de 1 de outubro

levou a que o CESP formulasse uma queixa junto da Procuradoria Geral da República (PGR). Este encerramento seria "temporário", como se lê num

comunicado enviado pela Direção aos trabalhadores no dia 25 de Setembro de 2014. Contudo, as lojas Moviflor não voltaram a abrir (pelo menos sob o mesmo nome). No dia 13 de outubro a Moviflor mudou a sua denominação social para Albará e levantaram-se suspeitas que conduziram a uma investigação pelo Ministério Público.

A empresa de mobiliário recorreu a um Plano Especial de Revitalização em Maio e Dezembro de 2013 mas não as cumpriu obrigações previstas de pagar progressivamente indemnizações e salários em atraso, para além das dívidas aos credores. Nessa altura a dívida chegava aos 147 milhões de euros e os principais credores eram o Fisco e a Segurança Social.

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