Nos Estados Unidos, esta empresa quer colocar chips nos empregados

Chip funciona através de radiofrequência (RFID), ou seja, o funcionário não poderá estar mais do que 15 centímetros afastado do leitor
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A Three Square Market, uma empresa norte-americana que fornece tecnologia para minimercados e quiosques, procura funcionários que se voluntariem para o implante de microchips. A administração da empresa garante que esta solução não viola as regras de privacidade e que os hackers não poderão aceder aos dados.

Os microchips vão começar a ser instalados na próxima terça-feira, 1 de agosto, e estes dispositivos, do tamanho de um grão de arroz, serão colocados debaixo na zona da pele entre o polegar e o indicador.

Com o movimento das mãos, os empregados poderão abrir as portas, aceder ao computador, usar as fotocopiadoras e pagar os produtores que comprarem nas máquinas de alimentos, mesmo que estejam fora da empresa.

Este dispositivo de proximidade funciona através de radiofrequência (RFID), ou seja, o funcionário não poderá estar mais do que 15 centímetros afastado do equipamento. Desta forma, deixarão de ser precisos cartões de identificação. A Three Square Market está a trabalhar em parceria com os suecos da BioHax na instalação desta tecnologia.

Ao nível da segurança, a empresa norte-americana garante que ninguém pode aceder aos dados do chip, que não serve para seguir as pessoas e não tem qualquer localizados de GPS. "O dispositivo é passivo, logo, não pode ser atacado", defendeu Todd Westby, presidente executivo da Three Square Market, em declarações à NBC.

Nos últimos anos, têm sido feitas algumas experiências de instalação de microchips em pessoas, com fins médicos e que permitem, por exemplo, guardar toda a ficha clínica de um paciente.

Em declarações à NBC, o professor de ciência computacional Vincent Conitzer, defende a existência de um debate sobre a utilização destes dispositivos em contexto de trabalho.

"Ao contrário de um telefone, anel ou cartão, o empregado não pode retirar facilmente o dispositivo. Esta é a altura ideal para haver um debate sério sobre o que gostaríamos que acontecesse, mais do que ver qual o caminho e depois perceber que não há volta a dar."

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