A nova empresa, detida a 100% pela Galp, foi hoje apresentada, em conferência de imprensa, pelo presidente executivo (CEO), Ignacio Madrid, e tem como objetivo "impulsionar o mercado de autoconsumo solar, focada na elevada rentabilidade oferecida por este tipo de instalações, com uma TIR [taxa interna de retorno] de 15%-25% e recuperação do investimento em menos de 5 anos".
De acordo com o CEO, o projeto-piloto da empresa já conseguiu angariar 200 clientes, em Portugal e Espanha.
A EI "tem por base uma solução de autoconsumo de eletricidade baseada em ferramentas tecnológicas inovadoras, que permitem identificar detalhadamente o potencial de cada telhado e monitorizar continuamente o seu desempenho, o que permite a maior rentabilidade em cada instalação", comunicou a empresa.
Assim, segundo o CEO, mais do que montar painéis solares, a ideia é utilizar ferramentas tecnológicas para calcular e maximizar o rendimento de cada telhado, obtendo "rentabilidade desde o primeiro dia".
Através de uma análise feita por um simulador, a EI apresenta um primeiro orçamento estimado a cada potencial cliente, indicando, também, as possíveis poupanças que podem ser alcançadas com a instalação dos painéis solares.
Para tal, a empresa comprou uma base de dados com simulações em três dimensões de "cada um dos edifícios em Portugal", adiantou Ignacio Madrid.
Após a instalação dos painéis, a empresa assegura uma subsequente monitorização e controlo da mesma, para que possam ser feitas as correções necessárias ao longo do seu tempo de vida.
Este serviço destina-se a clientes residenciais e comerciais, porém, a empresa diz ainda não estar direcionada para condomínios, mas apenas residências individuais.
De momento, a EI também ainda não está a vender eletricidade, estando apenas focada na venda de instalações de painéis solares, explicou o CEO.
A Galp e a ACS concluíram, em 15 de setembro, o acordo de parceria com vista a desenvolver uma carteira de projetos de solar fotovoltaico em Espanha, de 2,9 gigawatts (GW), tornando-se a energética portuguesa o principal operador solar ibérico.
Assim, a Galp comprou 75,01% da JV, por 326 milhões de euros, mantendo a ACS uma participação de 24,99%.
A transação tem um valor total ("enterprise value") de 2,2 mil milhões de euros, relacionado com a aquisição, desenvolvimento e construção do total do portefólio (100%), adiantou a Galp.
"O portefólio de 2,9 GW incorpora uma seleção de projetos de elevada qualidade em Espanha, incluindo 914 MW de ativos recentemente comissionados e um conjunto de projetos em diferentes estágios de desenvolvimento", esclareceu, na altura, a energética portuguesa.