Novo iPad já chegou. Saiba tudo sobre a terceira geração do tablet

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A maior surpresa do novo iPad, que a

Apple revelou ontem em São Francisco, é chamar-se assim mesmo: novo

iPad. Parece pouco típico da marca, mas a verdade é que a terceira

geração do tablet que detém mais de 70% do mercado não tem um

nome específico.

Tim Cook, CEO da Apple, fez as honras

do lançamento em São Francisco e chamou-lhe repetidamente "o

novo iPad". De resto, todas as melhorias e funcionalidades já

tinham sido avançadas por sites de tecnologia, o que retirou do

lançamento o efeito de surpresa que o mercado se habituou a esperar

da Apple.

"O iPad definiu uma categoria

inteiramente nova. De muitas formas, o iPad está a reinventar a

computação portátil e a ultrapassar as mais loucas previsões",

disse Tim Cook, o substituto de Steve Jobs, no evento de

apresentação.

O novo iPad corresponde ao que se

previa, sendo que a novidade mais marcante é ser 4G: a introdução

de LTE (long term evolution) no tablet permitirá acessos à internet

na ordem dos 73 megas por segundo; o iPad 2 só vai até aos 7,2

megas. Esta novidade chega antes do tempo a Portugal, já que nenhuma

das três operadoras lançou comercialmente o serviço (a Anacom

adiou a entrega das licenças obtidas no leilão para este mês de

março).

A segunda característica que melhor

diferencia o novo iPad do anterior é a introdução da

super-resolução. O ecrã passa a ter 2048x1536 pixeis, com a

tecnologia "retina display" que tinha sido introduzida no

iPhone 4. Vantagens disto? A saturação da cor é 40% melhor, por

exemplo. A maior qualidade de visualização das imagens é

incomparável.

Para acompanhar as novidades, o novo

iPad traz um processador redesenhado - A5X, ainda com dois núcleos

(dual-core) mas quatro núcleos (quad-core) na unidade de

processamento de gráficos. O desempenho é duas vezes melhor que o

do iPad 2, garantiu Tim Cook.

A câmara também recebeu um tratamento

poderoso: passou de um presumido 1 megapixel para 5 megapixeis. A

gravação de vídeo passa também de 720p para 1080p, alta

definição.

As más notícias é que não inclui

NFC - a comunicação de curto alcance que é usada em cartões como

o Lisboa Viva. Também não inclui o assistente digital Siri, apesar

de introduzir comandos por voz que reconhecem inglês, alemão e

francês. Não se confirmaram os rumores de uma tecnologia de pressão

dos dedos capaz de reconhecer texturas. Como também não foi

revelado nenhum refrescamento significativo do sistema operativo iOS

5.1.

Ao nível do design, é praticamente

o mesmo - embora a "retina display" e o 4G tenham originado

um aumento do peso de cerca de 50 gramas. Virá em preto e branco,

com a mesma capacidade de armazenamento dos anteriores - 16, 32 ou 64

gigas. A bateria mantém-se inalterada, o que é considerado positivo

dado o elevado consumo do 4G.

"O incrível novo iPad. Um novo

preço razoável para o incrível iPad 2. Software incrível como o

iPhoto e o resto da suite iWork. Redefinimos outra vez a categoria

que a Apple criou há apenas dois anos com o iPad original",

congratulou-se Tim Cook no final da apresentação.

Este novo iPad será lançado nos

Estados Unidos dia 16 de março, sexta-feira, juntamente com mais

nove países (entre os quais Reino Unido, França e Alemanha). Uma

semana depois, a 23 de março, chega a Portugal e a mais 25 países

de todo o mundo. Os preços são os mesmos que a Apple pratica desde

o início: começa nos 499 dólares para a versão Wi-Fi de 16 gigas

e avança para os 599 no Wi-Fi de 32 gigas e 699 no wi-Fi de 64

gigas. As versões Wi-Fi + 4G vão dos 629 aos 829 dólares. A

conversão para euros costuma ser literal, pelo que se espera preços

na mesma ordem de valores (dos 499 aos 829 euros).

Nos Estados Unidos, o iPad 2 baixa 100

dólares em cada versão, mas a Apple garante que continuará a

fabricá-lo. Resta saber qual os consumidores vão preferir.

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