Um crescimento económico mais robusto do nosso país – por forma a aproximar o nível de desenvolvimento dos países europeus mais desenvolvidos (e não apenas da média europeia) - requer, entre outros fatores, um diálogo e concertação social muito fortes.Tem de existir um processo convergente de cocriação nas diversas vertentes que, direta ou indiretamente, influenciam a melhoria da competitividade da economia portuguesa e a atratividade do investimento, seja nacional ou estrangeiro. De outro modo, todos perdem!Num mundo em acelerada transformação, as empresas têm feito um esforço enorme de adaptação contínua. Transversalmente, exige-se tal esforço por parte das pessoas e das políticas públicas, desde logo em matéria do mercado de trabalho.Perante o contexto muito volátil e incerto, é crucial a adequação das leis laborais às reais necessidades das empresas. A atual proposta da Reforma da Legislação Laboral tem pontos positivos, ao introduzir iniciativas de flexibilização, que são sempre mais incentivadores do investimento.A qualidade de vida das pessoas não poderá estar dissociada das suas “condições materiais de vida” e, por essa via, do bem-estar económico. E nesse sentido, as empresas assumem um papel muito relevante, pelo seu contributo para a geração de riqueza e a criação ou manutenção de emprego. É de lamentar que, por vezes, a iniciativa privada seja atacada, como se fosse mau para o país ter empresas. Esquecem-se que o país só se desenvolve se tivermos empresas a crescer, a exportar, a gerar emprego, atividade e lucros, que, por sua vez, permitem pagar melhores salários e cobrar impostos para financiar os serviços públicos.O Estado deve trabalhar para melhor servir os cidadãos, contribuindo para a melhoria do seu bem-estar. Consequentemente, deve trabalhar para fomentar o desenvolvimento das empresas privadas, prosseguindo reformas noutras vertentes, que devem ser desenhadas, desde o seu início, com o envolvimento das entidades que representam as empresas, em diálogo.O que menos as empresas e o país precisam é de instabilidade interna, pois a externa que enfrentam já é suficientemente séria!